O gesto religioso mais relevante em meio à polêmica do Conselho LGBTTT deve encaminhar decisão de Daniel Pereira

O gesto religioso mais relevante em meio à polêmica do Conselho LGBTTT deve encaminhar decisão de Daniel Pereira

E ainda: Marcos Rogério precisa explicar só mais uma coisinha em relação ao seu avião; ‘El País’ destaca atentado contra jornalista de Rondônia e violência crescente contra a imprensa no Brasil

Coral para Herbert Vianna e os Paralamas do Sucesso

Uma das coisas mais lindas e emocionantes que já vi por aqui em termos de homenagem. Não conheço detalhes sobre quem participou, mas todos os representantes que receberam os integrantes do grupo Paralamas do Sucesso no aeroporto antes do show aqui em Rondônia estão de parabéns. Dá uma olhada aí e tente não chorar.

Cultura do ódio x Cultura da paz

A arquidiocese de Porto Velho, através de uma carta de apoio referendada tanto pelo arcebispo Dom Roque Paloschi quanto pelo vigário-geral, o padre Filip Jacques Cromheecke, demonstrou pelo menos uma coisa em relação à celeuma instalada após a aprovação do Conselho LGBTTT patrocinada pela Assembleia Legislativa (ALE/RO): o monopólio da concepção cristã sobre o tema não está nas mãos dos evangélicos fundamentalistas, longe disso.

A carta muda tudo

Duas igrejas demonstram oficialmente posicionamentos diferentes sobre a questão, mas o temor conservado por quem tem poder de sancionar ou não, o governador Daniel Pereira (PSB), para ficar claro, é relacionado apenas ao receio de machucar sua imagem diante da pretensa casta onde se atribui, equivocadamente, diga-se de passagem, suposta maioria populacional com reflexos diretos nas urnas.

Antes disso

Vale frisar que antes do posicionamento da arquidiocese de Porto Velho foi expedida uma nota pública de coletivo de entidades, veiculada no Rondônia Dinâmica, inclusive, apresentando também o manifesto religioso extremamente significativo apontado pela participação da Associação Religiosa Recreio de Iemanjá: Terreiro de Mina Santa Bárbara acerca da questão.

Coletivo de entidades emite nota pública a favor do Conselho LGBTTQI no Estado de Rondônia

Diversidade étnico-religiosa e cultural

O protagonismo pioneiro apresentado pela entidade de matriz africana representa respeito total à diversidade étnico-religiosa e cultural, eis a sua importância no contexto – principalmente agora com outros posicionamentos semelhantes e tão significativos quanto.

Maaaaassssssss…

Com base em números defasados que são usados até hoje para respaldar determinado querer à força, 50% do eleitorado é evangélico – digamos assim; outros 40%, portanto, seria formado por católicos e há, paralelamente, os movimentos sociais que atingem de 25% a 30% dos votantes. Mas Vinicius, você é retardado? Isso daí dá 120%! Sim, daria, se entre evangélicos e católicos não estivessem inseridos também representantes desses movimentos sociais. Logo, quem é maioria, governador?

Dúvida

Daniel Pereira tem uma vida inteira na política voltada a pautas progressistas. Ele não tem dúvidas sobre a importância de se aprovar o Conselho; o receio dele, assim como de outros tantos políticos, é desagradar evangélicos conservadores. A nota da arquidiocese veio, então, para acabar com esse sufoco chantagista e demonstrar que há muito mais que a metade do todo querendo fazer a coisa certa. Lembrando, ainda, que a Igreja Católica flui muito mais como unidade sólida do que o evangelismo neopentecostal fragmentado.

Prova disso

A briga entre o deputado federal Marcos Rogério (DEM) e todos os parlamentares estaduais de Rondônia – tanto os que concordam com ele sobre a questão LGBTTT quanto os contrários ao seu posicionamento – é a demonstração cabal de que pequenas fagulhas de apropriação política em temas controversos já são o suficiente para causar uma implosão neopentecostal entre seus próprios partícipes. Não há adivinhação aqui, apenas bom senso e raciocínio lógico – e por isso quero crer agora que Daniel Pereira deve mesmo sancionar o projeto e criar o Conselho, sim.


Vou com os deputados Hermínio, Leo Moraes e Jesuíno para o bloco das ‘Viúvas do Manelão’ ano que vem
Ivanete Damasceno / G1

Eu quero meu meme!

Caríssimos covardões anônimos fabricantes de memes: peço encarecidamente, por conta da minha vaidade exagerada e narcisismo barato, que, por favor, façam um meme meu me maquiando de drag queen assim como o fizeram para os deputados Hermínio Coelho (PCdoB), Leo Moraes (Pros) e Jesuíno Boabaid (PMN). Desta forma com certeza iremos todos andar de mãos dadas na próxima Banda do Vai Quem Quer onde machões como vocês soltam a franga na avenida sob pretexto de farrear, brincar e tirar sarro.

Nota de Esclarecimento – Marcos Rogério fala sobre avião e propriedade rural
Combustível pago por cota palamentar também serve para os outros dois sócios da aeronave?

O avião de Marcos Rogério

Em nota, o deputado Marcos Rogério deixou claro que vai processar seus detratores. Como ficamos receosos aqui no Rondônia Dinâmica gostaríamos de nos antecipar à defesa prévia. Eu disse que o parlamentar tem um avião. Errei? Não, ele admitiu. Disse, também, que ele abastece com dinheiro da cota. Eu errei? Não – há notas fiscais no Portal Transparência, embora ele não tenha falado sobre isso. Pontuei, por fim, que o uso do avião não está vinculado à economia em passagens aéreas e comprovei a alegação comparando seus gastos com a aviação comercial a outro parlamentar que não tem um pássaro de aço particular.

Nota de Esclarecimento – Marcos Rogério fala sobre avião e propriedade rural

Questionamento: pagamos o combustível também para os sócios da aeronave?

Há algo interessante que Marcos Rogério não abordou em sua nota oficial. Se ele tem um avião distribuído em cota com outros dois sócios, como fica a questão do abastecimento da aeronave? Os sócios estariam usufruindo da cota parlamentar para voar por aqui também? Perguntar não ofende. A coluna, claro, está à disposição para ouvi-lo sobre esta e outras questões.

Ataque a jornalista em Rondônia expõe violência crescente à imprensa

Este é o título de uma reportagem publicada pelo jornal “El País” no último sábado (05) relatando detalhes sobre o atentado a tiros sofrido pelo profissional Hamilton Alves aqui no Estado. O fato ocorreu três meses após a execução de Uelinton Brizon, jornalista assassinado em Rondônia. Vale a pena ler e entender como a violência contra comunicadores tem crescido Brasil afora e de que maneira a ascensão atinge as liberdades de expressão e imprensa.

Leia em: 

Ataque a jornalista em Rondônia expõe violência crescente à imprensa

Contato

Estamos à disposição através do e-mail viniciuscanova89@gmail.com. Lembre-se: “O Espectador” é veiculada originalmente no Rondônia Dinâmica, mas a reprodução está autorizada desde que citada a fonte.

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