O Teatro Banzeiro lotou, mas por convocação de boca em boca à Audiência Pública para debater o Projeto Básico e Diretrizes do Edital de Concessão do Transporte Coletivo de Porto Velho.
E quem foi, reclamou da pouca publicidade e da total falta de informações sobre o que a prefeitura iria propor.
Nem os vereadores presentes tinham conhecimento do tal projeto.
Em carta encaminhada ao prefeito Hildon Chaves (PSDB-RO) na véspera da audiência, a Comissão de Entidades e Organizações de Luta Pelo Direito à Cidade solicitou adiamento e reforçou o pedido na abertura do evento.
O secretário municipal de transportes insistiu que o público ouvisse o que tinham a dizer sobre o projeto, sob promessa de agendamento de futuras audiências em outras regiões da cidade.
A representante do Ministério Público, pasme, mesmo tendo ouvido as queixas da pouca publicidade do convite e do projeto, sugeriu que o público ouvisse.
Não teve acordo para dezenas de pessoas, entre as quais representantes de serviços de transportes públicos.
A maior parte dos presentes simplesmente abandonou a audiência que foi chamada por alguns como ‘fake’.
E o secretário que disse ter observado o caráter democrático na convocação da audiência, acabou dizendo que quem não quisesse ouvir, que fosse embora.
A audiência ‘fake’, posto que não contempla o debate com ampla publicidade e pluralidade de vozes, restou voltada a um pequeno público.
O esvaziamento foi um ato de protesto e pra dar visibilidade ao gesto de desprezo da prefeitura com o pedido de adiamento feito em coro na audiência.