O dedo do STF e do Judiciário no caos institucional causado pela greve dos caminhoneiros

O dedo do STF e do Judiciário no caos institucional causado pela greve dos caminhoneiros

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Carmen Lúcia não cumpriu sua missão constitucional, fosse ela qual fosse, nem tampouco trouxe a prometida “pacificação” das instituições, como admitiu candidamente.

No DCM, por Kiko Nogueira

Sem o protagonismo exacerbado do Judiciário, o show diário de ministros boquirrotos do STF, o vôo solo de Sergio Moro, o presente pandemônio que vivemos não seria possível.

A greve dos caminhoneiros tem o dedo do Supremo. No entanto, seus membros agem como se não tivessem nada com isso.

Luiz Fux participou, na manhã desta segunda-feira, dia 28/, de um evento sobre os 30 anos da Constituição no Rio de Janeiro.

Um dos patrocinadores era o jornal O Globo, como de hábito.

Segundo Fux, a paralisação “acendeu um sinal quanto à própria realização das eleições”.

Se um movimento semelhante ocorrer em outubro, a distribuição de urnas eletrônicas e a locomoção de pessoas até os locais de votação pode ser afetada, acredita.

Como “cidadão” — sempre a mesma lenga lenga, como se fosse possível dividir o sujeito entre duas entidades, bastando-lhe usar um chapéu diferente —, considera a greve “absolutamente irresponsável”.

A seletividade da Justiça, a demonização dos políticos por parte de Luís Roberto Barroso, o populismo mequetrefe — tudo isso ia dar no quê?

O desastre institucional passa pelo impedimento de Lula assumir a Casa Civil; a orquestração do impeachment de Dilma liderado por Eduardo Cunha; a não votação das ADCs sobre a prisão em segunda instância.

Em fevereiro, Cármen participou de um jantar com representantes de petroleiras estrangeiras. Reuniu-se com Temer em sua casa para tomar um chá.

Sob as barbas do Supremo, a Lava Jato contribuiu para o desmonte das empresas nacionais. Houve um esfacelamento das empreiteiras e de produtores agropecuários como o grupo J&F.

A sombra que cresce agora é a da queda de Michel Temer.

É um salto no escuro.

Para quem assumir? Rodrigo Maia? Cárminha? Quem acredita que teremos eleições diretas?

Quem acredita na Constituição?

O cenário menos pior é Temer ficar até o final do mandato para que não corramos o risco de não termos nem sequer eleições.

Eis o papel da turma de Cármen: a destruição do Brasil. Perto deles, os caminhoneiros são ursos pandas.

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