Eleição em Vilhena mostra eleitor ainda preso a oligarquia política

Eleição em Vilhena mostra eleitor ainda preso a oligarquia política

 

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O empresário Eduardo Japonês, do PV, é o novo prefeito do município de Vilhena, no Cone Sul de Rondônia.

Ele conseguiu algo impressionante: derrotou uma das mais poderosas oligarquias políticas do Brasil, a dos Donadon.

Derrotou a representante de um clã que há muitos anos concentra poder político e econômico no estado.

E, claro, ganhou também meme na internet.

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Ganhou, mas sob outro ponto de vista…

No livro de Chico Góes, com o título Os Bens Que Os Políticos Fazem, uma crítica ao patrimônio elevado na política, Natan Donadon (cunhado de Rosani) preso após condenação por formação de quadrilha e peculato, aparece entre os que gastaram além do patrimônio. O marido dela, Melki Donadon, tem condenações e também já foi preso. O cunhado, Marcos Donadon está preso.

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Resumindo, Rosani teve milhares de votos mesmo ‘chapiscada’ de escândalos na família.

O resultado da eleição ocorrida neste domingo (03), como parâmetro de uma nova consciência e atitude do eleitorado, não permite dizer que Vilhena se libertou do cabresto político que só um estudo científico pode explicar.

Rosani  foi eleita cumprindo inelegibilidade em 2016 e tirada do cargo este ano quando o Tribunal Superior Eleitoral reconheceu como ilegítima sua vitória e convocou nova eleição.

Recorreu, teve o registro da candidatura indeferido, mas seu nome estava na urna eletrônica.

A diferença de votos entre ela e o empresário eleito prefeito, foi de 5.587 votos.

Ele fez 21.520 votos e ela, 15.933.

58.798 eleitores estavam aptos a votar, mas 14.824 faltaram, o que dá uma abstenção de 25,21%.

Rosani perdeu, mas pode olhar com otimismo o horizonte a partir de uma reflexão básica: o copo está meio cheio ou meio vazio?

São muitos votos para quem tem sobrenome que é quase sinônimo de corrupção e não obteve registro de candidatura.

A vitória do empresário estreante é oportunidade de um novo tempo na política de Vilhena, mas será preciso muito mais que oração do eleitorado majoritariamente evangélico, para que isso ocorra. Nada muda, se insistirem nas mesmas escolhas.

Não pode uma cidade tão urbanamente civilizada e economicamente próspera, confirmar o que escreveu Nelson Gonçalves, que a burrice é eterna.

Oremos!

 

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