Há muito tempo não via movimentação de coletivo feminino com a densidade do primeiro Festival Mina Livre, em Porto Velho.
Teve feirinha com artesanato e comidinhas, apresentações de música, dança, momentos poéticos e falas sobre a dor e a delícia de ser mulher.
Um evento feito por mulheres para exaltar o talento e o vigor da luta de mulheres.
Do poderoso Projeto Canta Mulher, realizado há mais de duas décadas no mês em que se comemora o Dia Internacional Da Mulher, no Sesc, não vi nada tão valioso e denso.
As ‘minas’ se uniram e com pouco fizeram muito.
Quem acompanhou o revezamento no palco do Lolla Karaokê saiu mais consciente e mais feliz por ver uma geração brotando como semente da ininterrupta luta feminina.
Todas as mulheres interrompidas com violência estiveram presentes. Eloá Cristina, Marielle Franco…
A violência como forma de inibir a participação mulher da política e o avanço da proteção e garantia de igualdade de gênero não vai interromper as ‘minas livres’ que já levam as filhas pra luta.
Como mulher, agradeço as sementes que brotam.
Por todas e com elas, sigo.
E pra não perder a mania de reclamar: da próxima vez que dure pelo menos uns três dias.