Partido de Bolsonaro elege 7 deputadas e duas senadoras
A bancada feminina no Congresso Nacional cresceu nestas eleições. Na Câmara dos Deputados, foram eleitas 74 parlamentares do total de 513. Em 2014, eram 51.
No Senado, 7 representantes femininas tiveram vitória nas urnas. É o mesmo número de eleitas em 2010, última eleição para duas vagas na Casa. Em 2014, onde cada estado tinha uma vaga na disputa, outras 5 ganharam o pleito.
Entre as deputadas eleitas, a renovação foi de metade. Das 51 que venceram o pleito em 2014, 24 foram reeleitas. Apenas 7 não tentaram se reeleger. Neste pequeno grupo, a maioria tentou uma vaga no Senado ou como vice na disputa pelos governos estaduais.
Nos Estados, apenas Amazonas, Goiás, Maranhão e Sergipe não elegeram deputadas.
O PSL, partido de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência, elegeu 7 deputadas e duas senadoras. O presidenciável foi alvo dos protestos do #EleNão, em respostas a posicionamentos machistas. O parlamenter é réu por incitação ao estupro.
O percentual de mulheres concorrendo a deputada federal quase não se alterou em relação às últimas eleições. O total ficou um pouco acima do mínimo de 30% de candidatos de cada gênero para cargos proporcionais exigido por lei. Foram pouco mais de 2,6 mil candidatas, segundo a Justiça Eleitoral. Em 2014, eram 2,3 mil.
Quanto às novas senadoras, das 7 que poderiam tentar um novo mandato no cargo, apenas 3 se candidataram à reeleição. As outras não entraram na disputa eleitoral ou optaram pela Câmara, além de Ana Amélia (PP-RS), que escolheu ser vice na chapa presidencial com Geraldo Alckmin (PSDB).
Foram 62 candidaturas femininas para o Senado, um aumento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2014, quando a renovação foi de um terço das 81 vagas, 35 concorreram. Já em 2010, quando cada unidade da Federação disputou duas vagas, o número foi de 36.
O Brasil fica atrás de dezenas de países quanto à presença de mulheres na política. Está na 115ª posição no ranking mundial de representatividade feminina no Parlamento dentre os 138 países analisados pelo Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI), com base no banco de dados do Banco Mundial (Bird) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A lei eleitoral prevê uma cota de 30% das candidaturas para cada gênero, mas a norma é frequentemente violada por candidatas laranja. Em 2016, dos 10 candidatos com zero votos, 9 eram mulheres.
No Congresso, a bancada feminina têm se esforçado em avançar com a cota de cadeiras no Legislativo, mas enfrentam resistência. Aprovada em 2015 pelo Senado, a proposta de emenda à Constituição (PEC 98/2015) não foi votada na Câmara.
O texto previa um mínimo de 10% das cadeiras na primeira legislatura, 12% na segunda legislatura e 16% na terceira para Câmara e Senado, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais.
Por outro lado, havia uma expectativa de aumento de representatividade por parte de especialistas. Representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, afirmou ao HuffPost em setembro que esperava que a presença feminina chegasse a 30% nos cargos eletivos.
O cálculo tem como base decisão do TSE de maio desde ano, de acordo com a qual, no mínimo 30% do Fundo Eleitoral precisa ser gasto com candidaturas femininas. A norma, contudo, tem sido interpretada por partidos de forma abrangente, de modo a incluir chapas em que mulheres são candidatas a vice ou suplentes no Senado.
Mulheres eleitas para Câmara dos Deputados
Acre: 4
Mara Rocha (PSDB)
Jéssica Sales (MDB)
Dra. Vanda Milani (SD)
Perpetua Almeida (PCdoB)
Alagoas: 1
Tereza Nelma (PSDB)
Amapá: 4
Aline Gurgel (PRB)
Professora Marcivânia (PCdoB) – reeleição
Patricia Ferraz (PR)
Leda Sadala (Avante)
Bahia: 2
Alice Portugal (PCdoB) – reeleição
Lídce da Mata (PSB)
Ceará: 1
Luiziane (PT) – reeleição
Distrito Federal: 5
Flavia Arruda (PR)
Erika Kokay (PT) – reeleição
Bia Kicis (PRP)
Paula Belmonte (PPS)
Celina Leão (PP)
Espírito Santo: 3
Dra. Soraya Manato (PSL)
Norma Ayub (DEM)
Lauriete (PR)
Mato Grosso: 1
Professora Rosa Neide (PT)
Mato Grosso do Sul: 2
Rose Modesto (PSDB)
Tereza Cristina (DEM) – reeleição
Minas Gerais: 4
Aurea Carolina (PSOL)
Margarida Salomão (PT) – reeleição
Alê Silva (PSL)
Greyce Elias (Avante)
Pará: 2
Elcione (MDB)
Julia Marinho (PSC) – reeleição
Paraíba: 1
Edna Henrique (PSDB)
Paraná: 5
Gleisi Lula (PT)
Leandre (PV) – reeleição
Christiane Yared (PR) – reeleição
Luisa Canziani (PTB)
Aline Sleutjes (PSL)
Pernambuco: 1
Marília Arraes (PT)
Piauí: 4
Rejane Dias (PT)
Iracema Portella (PP) – reeleição
Margarete Coelho (PP)
Dra. Maria (PTC)
Rio de Janeiro: 9
Flordelis (PSD)
Daniela do Waguinho (MDB)
Talíria Petrone (PSol)
Jandira Feghali (PCdoB) – reeleição
Rosangela Gomes (PRB) – reeleição
Soraya Santos (PR) – reeleição
Benedita da Silva (PT) – reeleição
Chris Tonietto (PSL)
Clarissa Garotinho (PROS) – reeleição
Rio Grande do Norte: 1
Natalia Bonavides (PT)
Rio Grande do Sul: 3
Fernanda Melchionna (PSol)
Maria do Rosário (PT) – reeleição
Liziane Bayer (PSB)
Rondônia: 3
Mariana Carvalho (PSDB) – reeleição
Jaqueline Cassol (PP)
Silvia Cristina (PDT)
Roraima: 2
Shéridan (PSDB) – reeleição
Joenia Wapichana (Rede)
Santa Catarina: 4
Caroline de Toni (PSL)
Geovania de Sá (PSDB) – reeleição
Angela Amin (PP)
Carmen Zanotto (PPS) – reeleição
São Paulo: 11
Joice Hasselmann (PSL)
Tabata Amaral (PDT)
Policial Katia Sastre (PR)
Sâmia Bomfim (PSol)
Luiza Erundina (PSol) – reeleição
Renata Abreu (Podemos) – reeleição
Rosana Valle (PSB)
Bruna Furlan (PSDB) – reeleição
Carla Zambelli (PSL)
Maria Rosas (PRB)
Adriana Ventura (Novo)
Tocantins: 2
Professora Dorinha (DEM) – reeleição
Dulce Miranda (MDB)
Mulheres eleitas para o Senado Federal
Daniella Ribeiro (PP-PB)
Dra Zenaide Maia (PHS-RN)
Eliziane Gama (PPS-MA)
Juiza Selma Arruda (PSL-MT)
Leila do Vôlei (PSB-DF)
Mara Gabrilli (PSDB-SP)
Soraya Thronicke (PSL-MS)