Tudo que farei pela minha morte

Tudo que farei pela minha morte

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Do distrito de Fortaleza do Abunã com poema de Edna St. Vincent Millay, uma mulher nada convencional para a sua época:

“Eu morrerei, mas
isso é tudo que farei pela Morte.
Eu a ouço tirando o cavalo da baia;
escuto as pisadas no chão do celeiro.
Ela tem pressa; tem negócios em Cuba,
negócios nos Bálcãs, muitos chamados a fazer nesta manhã.
Mas eu não vou segurar a rédea
enquanto ela ajusta as correias.
Ela que monte sozinha:
não lhe darei apoio na subida.

Embora ela fustigue meus ombros com o chicote,
não vou dizer para onde a raposa fugiu.
Com seu casco em meu peito, não vou contar onde
o garoto negro está escondido no pântano.
Eu morrerei, mas isso é tudo que farei pela Morte.
Não estou em sua folha de pagamentos.

Não contarei a ela o paradeiro de meus amigos,
nem o de meus inimigos.
Ainda que me prometa muito,
não darei o endereço de ninguém.
Acaso sou um espião na terra dos vivos
para entregar pessoas à Morte?
Irmão, a senha e os planos de nossa cidade
estão seguros comigo.

Jamais, por minha culpa, você será derrotado. “

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