Publico, ao final do post, o infográfico veiculado hoje pela Folha que mapeia os negócios imobiliários de Flávio Bolsonaro.
Por Tinolaço
É espantosa sua capacidade de comprar imóveis e revendê-los, um ou dois anos depois (é impossível ser preciso, pois não há dia e mês das transações) com lucros fabulosos, gerado por preços de revenda até mais de três vezes maiores que os de compra.
Claro, pode acontecer uma vez, um golpe de sorte, uma valorização súbita. Mas é inacreditável que, por exemplo, tenha comprado de dois norte-americanos um par de apartamentos em Copacabana por R$ 310 mil (incrivelmente abaixo do valor de mercado) e revendido, um e dois anos depois, os imóveis por R$ 1,12 milhão, com um lucro de 260%.
Se os “rolos” de Flávio Bolsonaro fossem mesmo assim, tão bem sucedidos, seu lugar era no Ministério da Fazenda, não no Senado.
Diz ainda o jornal que a sua explicação de que os negócios se fariam com sua renda como empresário esbarra no fato de só ter se tornado dono de 50% de uma franquia dos Chocolates Kopenhagen em 2015, depois de ter realizado a maior parte de seus negócios.
A Folha informa que a franquia, segundo o próprio franqueador, leva de dois a três anos para repor o investimento e dar lucro. E, ainda assim, segundo reportagem da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, com um lucro líquido de 12 a 15% do faturamento, estimado numa média de R$ 60 mil. Se fosse o dobro da média – R$ 120 mil – e se aplicasse o lucro, a loja renderia R$ 7.500 para cada sócio.
Como se viu, do sumiço de Fabrício Queiroz para cá, a lambança só se generalizou.