Repercussão do pacote anticrime do Moro

Repercussão do pacote anticrime do Moro

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Li o pacote anticrime do Moro: para quem esperava o Plano Real da Segurança, que viesse solucionar problemas relativos à criminalidade, letalidade policial, genocídio da população negra, superpopulação carcerária etc., as medidas anunciadas são frustrantes e contraproducentes. Fernando Haddad, ex-candidato do PT ao Planalto

O Brasil tem uma das polícias mais letais do mundo. A proposta de Sergio Moro não defende o policial que age em legitima defesa. É verdadeira licença para matar. Sinal verde para matar jovens negros. Paulo Teixeira, deputado federal, PT-SP

Moro lança pacote “anticrime” propondo a legalização da pena de morte praticada por policiais que matarem em serviço e comprovarem “medo, surpresa ou violenta emoção”. O Brasil já tem uma das polícias mais letais do mundo e o governo propõe licença para matar? Erika Kokay, deputada federal, PT-DF

Lamentável que ninguém da equipe do ministro Moro tenha lido a CPI das milícias. Poderiam ter aproveitado algumas propostas. Milícia não pode ser tratada de forma genérica. Marcelo Freixo, deputado federal, Psol-RJ

Nesse pacote anticrime, que o Moro tá apresentando, de pacote não tem nada. É pirotecnia. Ele propõe uma alteração sobre cumprimento de pena em 2° instância. Ou seja, ele está reconhecendo que Lula está preso de maneira ilegal, ja que ele tá preso sem condenação transitada em julgado. Zeca Dirceu, deputado federal, PT-PR

Moro assume o papel de porta-voz da cultura da violência de Bolsonaro representa. Inocentar os criminosos que alegarem “escusável medo, surpresa ou violenta emoção” é autorizar as polícias a atuarem como esquadrões da morte nas periferias. Nada além disso. Margarida Salomão, deputada federal, PT-MG

Projeto apresentado pelo Ministro Sérgio Moro representa o cerne do Bolsonarismo: a cassação das mais importantes garantias individuais. A possibilidade da pena ser barganhada entre Ministério Público e acusado prescindindo do devido processo legal. Manuela, ex-candidata a vice, PCdoB-RS

Só no estado do Rio de Janeiro, foram 1532 mortos por intervenção policial no ano de 2018. O que Moro faz agora é propor a legalização dessa conduta, tornando legal a execução sumária, ou seja, uma pena de morte sem direito a processo penal, legítima defesa ou apelação. Barbárie. Talíria Petrone, deputada federal, Psol-RJ

Moro é ambíguo e populista. O ministro propõe projeto de lei com penas mais duras para alguns tipos de crimes. Mas Onyx é ministro e réu confesso em Caixa 2 e Flavio Bolsonaro tem relações com as milícias. Ele faz média. Se cala quando o assunto atinge o próprio governo. Ivan Valente, deputado federal, Psol-SP

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