VOLTA ÀS AULAS DE 2019 É UM RETORNO AO NOSSO PASSADO DITATORIAL NAS ESCOLAS

VOLTA ÀS AULAS DE 2019 É UM RETORNO AO NOSSO PASSADO DITATORIAL NAS ESCOLAS

Federal deputy Jair Bolsonaro, a pre-candidate for Brazil's presidential elections, takes pictures with students of the military college during an Army Day ceremony, in Brasilia, Brazil April 19, 2018. REUTERS/Ueslei Marcelino

O RETORNO ÀS AULAS no Distrito Federal aconteceu nesta segunda-feira com uma “velha novidade”: militares no comando. Quatro escolas terão gestão compartilhada, num projeto da Secretaria de Educação em parceria com a Polícia Militar. Novo uniforme, regras mais rígidas de horários e comportamento e aulas de civismo estão entre ações do modelo que deve se expandir para outras escolas em breve.

No The Intercept

O ministro da Educação, o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, mal havia sentado em sua cadeira, quando se apressou a dizer que as prefeituras que se mostrarem interessadas em militarizar a administração das escolas municipais terão todo o apoio da pasta. O próprio Ministério da Educação já tem a sua parcela de militarização com membros das Forças Armadas e dos Bombeiros em postos chave – o coordenador do Fies e do Fundeb, por exemplo, será o coronel dos bombeiros aposentado Luiz Tadeu Vilela Blumm. O Fundeb repassa recursos para as redes públicas de ensino municipais e estaduais.

Considerando que o novo grupo no comando da nação elegeu o ambiente escolar como um dos principais campos de embates “contra o viés ideológico”, é impossível não enxergar neste incentivo uma tentativa de vigilância de conteúdos e controle muito similares ao ocorrido na ditadura que comandou o país de 1964 a 1985. E é este cenário que enfrentarão os mais de 56 milhões de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio na rede pública de todo o país que retornaram às aulas.

Envie seu Comentário

comments