DCM, por Fernando Brito – Uma vez, durante o primeiro governo de Brizola, perguntei ao comandante dos Bombeiros como era a estrutura para manter impecáveis aqueles velhos caminhões vermelhos, de 40 ou 50 anos, que a corporação mantinha, enquanto os carros. no serviço público, se degradavam em quatro ou cinco anos . E a resposta veio, bem simples: “Brito, nos Bombeiros tem cadeia”.
Moro perdeu a cadeia e enfrenta dificuldades em colocar em curso a máquina de perseguição que sonhou montar no Ministério da Justiça.
Quis bancar o reizinho, correndo a encaminhar seu “pacote anticrime” antes da reforma da Previdência e deu-se mal, vendo-o ser fatiado e relegado à fila. Partiu para a intimidação do Supremo e tomou uma derrota significativa. Levou uma “enquadrada” do “chefe” Bolsonaro com o episódio da demissão da suplente de um conselho.
Assim, cheio de riscos e arranhões, saiu amassado de sua imprudente tentativa de reagir ao “banho-maria” em que Rodrigo Maia colocou seu “pacote” e, em meio aos conflitos já duríssimos da reforma previdenciária, despachou cobranças, via Whatsapp, ao Presidente da Câmara.
A traulitada de ser chamado de “funcionário do Bolsonaro” é destas que deixa os danos visíveis a todos.
Se me perdoam o segundo aforismo do dia, quem não sabe calar, não sabe falar.
Não há escada mais difícil de descer que a da soberba e não está fácil para Sérgio Moro entender que decaiu da condição de deus onipotente que ostentou durante os anos de Lava Jato.
O fato de a ele tudo ser permitido, em razão de sua missão de destruir Lula, e o medo que inspirava em todos em que ousassem opor-se ou mesmo colocar reparos em suas ações atrabaliárias: eram “corruptos” ou, com muito favor, “defensores dos corruptos”.
Agora, divulgou um áudio respondendo a Maia, como você pode ver abaixo.
Como disse outro dia um ministro do STF, pode espernear à vontade.
Não tem mais a cadeia, não tem mais a mídia.
Ficou só com o apelo “padrão Cunha” de que “Deus abençoe esta grande nação”.
Mas ele não é mais Deus.