Em 25 de março de 1964

Em 25 de março de 1964

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“Assim, mal dividido, esse mundo anda errado
Que a Terra é do homem, não é de Deus nem do Diabo”

“O gênio, o mau-caráter, o louco, o revolucionário é Glauber Rocha, 25 anos, baiano, realizador de Deus e o diabo na terra do sol.
Dizem que sofreu a influência de Kurosawa (sic).
De Einstein (sic). De Buñuel, De fulano, De sicrano..
Trata-se, porém, de um filme de Glauber Rocha. […]
Apresentando Geraldo Del Rey no papel do vaqueiro que se transforma em beato e Yoná Magalhães vivendo sua mulher Rosa, que o acompanha pelos desesperados caminhos de Deus e o Diabo.
E Othon Bastos, na figura de Corisco, o diabo louro que plantou o inferno na terra, ao lado de Sônia dos Humildes, no papel de sua mulher Dadá.
Maurício do Vale no papel do jagunço Antônio das Mortes que, sem ter santo padroeiro, jurou em dez igrejas que cortaria a cabeça de Corisco.
E mais o beato Sebastião, representado por Lídio Silva, o deus negro que anunciava uma chuva de ouro do sol.”

Carlos Leonam em sua coluna “…De Homem para Homem”, no Jornal do Brasil, comentando a inclusão do filme de Glauber na seleção do Festival de Cannes do ano.

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