Que pro nosso gozo vem, amém, Mamem, amém

Que pro nosso gozo vem, amém, Mamem, amém

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Foi então que os censores implicaram com a música “Manga Rosa”, do Ednardo.

Diziam que ele se referia a um tipo especial de maconha.

Ednardo tentou explicar que era uma homenagem à mãe (Maria), à filha (Joana) e à esposa (Rosane) e que lembrava a amamentação, o sugar gostoso de um seio.

“Peitos gostosos, rosados doces mama
Mama mamãe
Teu sumo escorre da minha boca
Entre aberta a porta por onde entra e por onde sai
Por onde entra e sai o mundo, mundo”

Durou 8 meses a censura, tempo em que o disco ficou emperrado e comprometeu a publicidade e os shows agendados.

Roda mundo…
Passado o tempo sombrio, em 2003 a presença emocionada de uma mulher em show no Rio de Janeiro, chamou a atenção.

Ela o procurou no camarim e disse o por quê:

“Olha, meu filho, eu tenho uma coisa pra te dizer. Eu sou a pessoa que prendeu essa música durante 8 meses na censura federal. Eu era a censora federal aqui no Rio de Janeiro. Eu vi, agora, que essa música é bela.”

Ednardo falou assim: “pois olha, amanhã se a senhora vier, vou oferecer a música pra você.

E assim foi.

“Essa senhora que está aqui maravilhosa curtindo a música; eu ofereço pra ela; ela foi a pessoa que prendeu essa música durante 8 meses na censura federal, porque ela achava que era coisa de maconha e sabe, agora ela tem filhos e sabe que isso foi um besteira”.

“De verde amarelo maduro fruto
Que pro nosso gozo vem, amém
Mamem, amém”

*Ednardo, 2003, p. 18

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