Jair Bolsonaro armou uma pegadinha para seu ministro da Justiça.
No DCM, por Kiko Nogueira
Expôs Sergio Moro à execração pública ao mostrar que houve um acordo entre os dois na campanha.
À rádio Bandeirantes, o presidente contou que fez “um compromisso com ele porque abriu mão de 22 anos de magistratura.”
“A primeira vaga que tiver” é dele, falou Jair.
Além do toma lá dá cá e da cada vez mais evidente razão do ex-juiz mandar prender Lula, favorito nas pesquisas, Moro vira de vez um fantoche na mão do chefe.
O ministério da Justiça, portanto, era um degrau para o Supremo.
Moro aceitou se vender desde que ganhasse o mimo.
Como a revelação pegou mal, saiu correndo para declarar que está casado por amor.
“Não estabeleci nenhuma condição para aceitar o convite”, declarou em palestra em Curitiba.
“Quero trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Houve uma convergência de pautas”.
Risos.
Moro já foi humilhado quando desconvidou Ilona Szabó para um conselho fantasma. Em seguida ao perder o COAF.
A última foi o decreto de armas em que ele e sua pasta foram sumariamente ignorados.
Por que topou tudo?
Porque no fim do túnel tem a cadeira do Celso Mello.
Emprestou “credibilidade”, fez o serviço sujo e agora vira um namorado-troféu do Jair, obrigado a engolir qualquer coisa, torcendo para, daqui a uns anos, o sujeito cumprir com a palavra.
A única alternativa, agora, é sair atirando.