Quando o presidente respondeu a protestos gigantescos contra os cortes na educação chamando os manifestantes de ‘idiotas úteis’, cartazes retribuindo a ofensa foram surgindo para todo lado.
“Fórmula da água = H2O, Fórmula da burrice = B17”
“Idiota útil é o Moro”
“Sem educação, basta o presidente”
Mas, no meio das multidões se destacou a pureza da resposta das crianças.
Os cartazes que ergueram traduziram o presidente como o inominável.
Com garatujas expressaram como enxergam Bolsonaro e pela força dos rabiscos provocaram um belo e autêntico sentimento que permitiu incontáveis definições.
Jean Piaget realçou em seus estudos a importância desses desenhos na construção e evolução do pensamento.
“Se pensar consiste em interligar significações, a imagem será um ‘significante’ e o conceito, um ‘significado’.”
Em várias cidades crianças entraram em concursos virtuais de cartazes do ato unificado pela educação.
Foram as mais curtidas e compartilhadas, por merecimento.
O humor e a pureza foram as mais emblemáticas respostas às ofensas de Bolsonaro contra os milhares que exerceram o direito ao protesto.
Não adianta devolver ofensa com ofensa a quem se alimenta de ofensa.
Bolsonaro estava em Dallas quando chamou manifestantes de imbecis, burros e massa de manobra de minoria espertalhona.
“Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe, nada.”
Depois da abominável declaração foi se encontrar com o ex-presidente George W. Bush, ao lado de quem apareceu sem o semblante carrancudo com que fala aos brasileiros.
Aliás, foto do presidente do Brasil sorrindo, só nos Estados Unidos.
As crianças que acompanharam os pais aos protestos o definiram com perfeição.
Bolsonaro não tem cara, nem nome.
É para muitos um sentimento ruim.
Sem maldade, traduzido no protesto das crianças.