Uns lutam, outros não ajudam e ainda atrapalham

Uns lutam, outros não ajudam e ainda atrapalham

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Se alguém viu algum parlamentar de Rondônia no ato unificado em defesa da educação, me diga que corrijo a crítica.

As ruas do centro da capital foram tomadas por uma manifestação que reuniu por maioria estudantes, professores, funcionários públicos e trabalhadores.

A passeata que interrompeu o trânsito em duas avenidas de intenso fluxo foi não só de grande impacto visual, mas emocional.

Era contra os bloqueios anunciados pelo governo Bolsonaro na educação e também contra a reforma da Previdência que querem aprovar com chantagem para liberação dos recursos.

Foi pela forma depreciativa que o governo classificou as universidades e institutos federais como ambientes doutrinados pela esquerda, de baixíssima qualidade e depravados.

A bem da verdade, todos os governos impuseram contingenciamentos de recursos à educação.

Mas, não com alarde e como forma de pressionar aprovação de reforma. Muito menos desqualificando estudantes, professores e o que produzem.

Nunca de forma generalizada, por tempo indeterminado e com a intenção de provocar pânico.

Quem foi protestar contra os bloqueios, pediu respeito.

Teve gente chorando no encerramento do ato no prédio histórico da Universidade Federal de Rondônia, ao cair a tarde feito um viaduto.

A resposta que o presidente deu às multidões que foram às ruas potencializou tristeza e raiva.

‘Idiotas úteis’, disse Bolsonaro.

Inegável que temos muitos, mas não os que perseguem o saber e sim, os que elegeram um idiota inútil presidente.

Todos estamos sendo feitos de idiotas por ele.

Todos suportamos feito idiotas a ausência de representação política em defesa da UNIR, do IFRO e dos trabalhadores.

Os eleitos deviam estar com os ofendidos nas ruas e nos parlamentos, exigir respeito.

Repito, nas ruas. Nesses atos grandiosos que fizeram muita gente pensar sobre quão destruidor é eleger quem não pensa na educação.

Quando um ou outro parlamentar abre a boca é para amplificar o ‘mi mi mi’ do presidente e seus ministros de colocar a culpa em governos anteriores para justificar bloqueios que na verdade, são estratégia medíocre, indecente e bruta para aprovar a diabólica reforma da previdência.

“Se a economia tiver um crescimento – e nem é ‘recuperar’ porque estamos em um marasmo a perder de vista – mas se tivermos crescimento econômico com a aprovação da nova Previdência, é só o que falta”, disse Abraham Weintraub, ministro da educação ao anunciar e dizer que pode vir a suspender bloqueios.

A deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) concordou que a culpa é de governos petistas em sessão que obrigou o ministro a dar explicações sobre os cortes na educação.

Os ataques às universidades vão além dos bloqueios e ferem a dignidade de quem aprende, ensina e transfere conhecimento.

Somos todos feitos de idiotas.
Mas, nem todos fizeram ou seguem fazendo questão de ser.

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