Revista Fórum – A Greve Geral desta sexta-feira (14) também é notícia em outras latitudes, em meios de comunicação de diferentes continentes, que destacam o fato de que, embora o atual governo de Jair Bolsonaro já tenha enfrentado protestos de estudantes e professores, no mês passado, esta é a primeira mobilização organizada pelos trabalhadores durante o seu mandato.
Nos Estados Unidos, o Washington Post e o New York Times republicaram a mesma nota da agência Associated Press, que explica: “por que se realiza uma greve geral no Brasil?”. O texto informa que “a greve nacional promete mobilizar os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, e é a primeira desde a chegada ao poder do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro. Embora a maioria dos manifestantes esteja protestando contra uma reforma previdenciária que tramita no Congresso, outros estão nas ruas contra os cortes orçamentários na Educação Pública, contra uma economia lenta e a agenda conservadora do governo”. Finalmente, prevê que “a participação deve ser particularmente forte no Nordeste, o bastião histórico do Partido dos Trabalhadores, principal partido da oposição”.
Entre os meios europeus, o jornal espanhol Público relata que “os sindicatos vêm esquentando os motores da greve desde 1º de maio, dia em que ela foi anunciada”. A matéria do meio ibérico também comenta que a greve é “organizada por organizações politicamente distantes, mas que nunca estiveram tão unidas: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical. E ambas fazem previsões otimistas”.
Na França, a rádio internacional RFI informa que “muitos transtornos são esperados nos transportes nesta primeira greve geral contra o governo de Jair Bolsonaro”. Ao se referir às razões da greve, especialmente a reforma da Previdência, a rádio diz que “os sindicatos temem que os mais pobres paguem o preço pela reforma”, e fez comentários curiosos sobre a postura de Bolsonaro sobre o tema: “eleito notavelmente graças aos votos dos aposentados, o presidente está envergonhado. Ele negou parcialmente seu ministro da economia, o principal arquiteto dessa reforma”.