Nem dois anos atrás, o correspondente do New York Times, Ernesto Londoño, estreava no país com um perfil elogioso sobre a “aposta de um juiz para limpar o Brasil”, seu título.
Agora, o novo correspondente do Washington Post, Terrence McCoy, estreia mostrando como as reportagens do site The Intercept “ameaçam o legado do juiz ‘herói’ no Brasil”, também seu título.
Segundo o WP, “agora Sergio Moro está na posição em que colocava tantos outros: no centro de um escândalo ético”. E o “abismo” entre sua personagem pública e as mensagens “atordoou o Brasil”.
O NYT segue as mudanças. Seu principal crítico de cinema, A.O. Scott, resenha “The Edge of Democracy” (Democracia em Vertigem no título brasileiro), que está na Netflix.
O filme aborda a queda de Dilma e a prisão de Lula e, com Jair Bolsonaro na “onda global do populismo autoritário”, da Hungria às Filipinas, responde à pergunta que “assombra seus espectadores onde quer que estejam: O que aconteceu?”.
O tratamento de Lula e Dilma no documentário de Petra Costa carrega alguma crítica, o que só faz “aguçar sua visão de uma trama de interesses e, ao mesmo tempo, uma saga de forças e mudanças históricas de poder e ideologia”.
Na Science, “Governo brasileiro é acusado de suprimir dados que questionariam sua guerra contra drogas”. A revista da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) fala em “epidemia de drogas” no país e publica que, segundo pesquisadores, “autoridades suprimiram a publicação de uma pesquisa sobre uso de drogas realizada pela renomada Fundação Oswaldo Cruz”.
A censura teria começado “no governo de Michel Temer, muito conservador, e prosseguido no atual, de Bolsonaro, de extrema direita”.
Da FSP