Observatório Judaico dos Direitos Humanos lança nota de repúdio a Bolsonaro

Observatório Judaico dos Direitos Humanos lança nota de repúdio a Bolsonaro

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Leia a nota pública de repúdio do Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil:

O Observatório Judaico dos Direitos Humanos do Brasil, em respeito a todos os desaparecidos, mortos e torturados durante o regime de exceção que se instaurou no Brasil entre 1964 e 1985, repudia a declaração do presidente da República com relação ao desaparecimento de Fernando Santa Cruz (1948-?), militante do movimento estudantil brasileiro e membro da organização Ação Popular.

Santa Cruz desapareceu em 1974, aos 26 anos de idade, e sua morte até hoje é investigada pela Comissão da Verdade. Compreendemos que a declaração do Presidente ao filho de Fernando, Felipe Santa Cruz, não somente evidencia completo escárnio e desrespeito à vida, mas também caracteriza uma ameaça a qualquer um que se oponha ao atual governo, defenda o Estado Democrático e a preservação dos Direitos Humanos.

A situação se agrava ainda mais quando o Presidente tenta distorcer as condições do desaparecimento e morte de Fernando, criando uma versão onde ele teria sido morto pelos companheiros do grupo, o que foi desmentido pela Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que emitiu em 24 de julho de 2019 atestado de óbito afirmando que Fernando Santa Cruz “faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985”.

Assim, além de registrarmos nosso repúdio, gostaríamos também de incentivar a ação que está sendo feita na internet para que o presidente venha a público e fale o que sabe sobre o covarde assassinato de Santa Cruz.
Escreva em todas as suas redes sociais as hashtags #FalaBolsonaro e #AgoraFalaBolsonaro,

Tortura nunca mais, ditadura nunca mais.

#FalaBolsonaro #AgoraFalaBolsonaro

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