No DCM – Nova leva de diálogos da Vaza Jato mostram Deltan Dallagnol mandando investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, visto como inimigo da causa.
Dallagnol buscou informações sobre as finanças pessoais do atual presidente do STF e da mulher dele, Roberta Rangel, além de evidências que os ligassem a empreiteiras.
“Caros, a OAS touxe a questão do apto do Toffoli?”, diz ele, em 13 de julho de 2016, aos procuradores que negociavam com a empresa acordo de colaboração.
“Que eu saiba não”, responde o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes, de Brasília.
“Temos que ver como abordar esse assunto. Com cautela”, pede Dallagnol.
Recorreu à Receita Federal para levantar informações sobre o escritório de advocacia de Roberta.
Gilmar Mendes também estava na mira.
“Tem uma conversa de que haveria recebimentos cruzados pelas esposas do Toffoli e Gilmar”, conta Deltan ao procurador Orlando Martello.
“Tem mta especulação. Temos a prova disso na nossa base? Vc teve contato com isso?”
A Folha aponta que os magistrados STF não podem ser investigados por procuradores da primeira instância.
Segundo a Constituição, só com autorização do próprio tribunal, onde quem atua em nome do Ministério Público Federal é o procurador-geral da República.
Pelos critérios da operação que comandava com Sergio Moro, Dallagnol já estaria em cana. Preventiva na cabeça.
Já falei disso e repito aqui: se fosse o que prega, já teria pedido demissão.
Fosse o Brasil sério, estaria atrás das grades.
Ele precisa ser preso, entre outros motivos, antes de terminar de destruir as provas de seus crimes.