Há dias circula na internet uma campanha para que o reitor da Universidade Federal de Rondônia, Ari Ott, seja exonerado e punido.
A convocação parte de militantes direitistas e bolsonaristas indignados com um discurso do reitor em tom sarcástico, como resposta a críticas infundadas e justificativas de cortes do ministro da Educação, Abraham Weintraub, às universidades.
“Estudante tá lá na universidade só pra fumar maconha e fazer suruba”, disse o ministro considerado um entrave à liberdade de cátedra.
O reitor respondeu a provocação:
“Eu tenho 34 anos nesta instituição. Nunca vi uma festa de pelados e se tiver, me chame!”
“Cada vez que um aluno acende um baseado numa universidade brasileira – e no mundo inteiro estudantes fumam um baseado – levantam-se as vozes do moralismo: Olha aí, fumadores de maconha! Quanta bobagem, meu Deus…”
“Eu tive um colega de medicina, há 40 anos. Ele fumou a bíblia da mãe. Esse miserável fumou de Gênesis e a Apocalipse.”
“É fundamental que cada estudante, cada técnico, cada professor, cada profissional da área de educação levante a sua voz contra estas vozes do atraso. Estas vozes, que querem sim, destruir as universidades”.
O reitor acusado de incentivar o nudismo, o uso de drogas e a profanação da Bíblia, foi feliz em ridicularizar a hipocrisia reinante.
Os que se revoltam com declarações flagrantemente irônicas não se importam com Weintraub, que em quatro meses protagonizou balbúrdia sem precedentes no Ministério da Educação.
É a exoneração dele que devem pedir!
O indicado ao cargo por um astrólogo lunático mal assumiu e se destacou no noticiário não por provocações engraçadas, mas afrontosas e patéticas.
Se o ‘bom menino’ fazia xixi na cama, ninguém sabe.
Mas, não fez sempre a lição.
Um boletim circulou nas redes sociais com seu desempenho pífio na USP, com várias notas baixas e até zero.
Explicou com vídeo ‘mimimi’.
Quando anunciou cortes a três universidades que considerava fazedoras de balbúrdia e com baixo desempenho, explicou corte de 35% das universidades em 3,5 chocolatinhos de 100.
Em audiência na Comissão de Educação do Senado, reclamou que sofreu um processo administrativo inquisitorial, coisa que segundo ele, “só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do ‘Kafta’ ou a Gestapo.”
Defendeu a presença da polícia nas universidades.
Criticou ‘fake news’ em vídeo imitando Gene Kelly no filme Cantando na Chuva.
Bateu boca com manifestantes em Alter do Chão, no Pará, e disse com dedo em riste a indígenas: “Vocês foram quem roubaram o Brasil”.
A última bizarrice escreveu no Twitter sobre a imagem de um mural em homenagem ao patrono da educação brasileira, Paulo Freire; “É ou não é feio de doer?”
O ministro da educação que faz apologia à burrice é digno do cargo que ocupa?
Parece óbvio, que não.
Seu comportamento mentecapto é que deveria provocar revolta.
O cadafalso virtual do reitor foi armado pela cruzada contra o saber.
Os que se colocam como algozes têm o mais estúpido ministro da educação de estimação, são pedantes e sem moral.
São a indigestão do Brasil com a eleição de Jair Bolsonaro.
Um asqueroso vômito de ovos com Bacon.