247 – Em reportagem intitulada “Incêndios na floresta amazônica: líderes globais instados a desviar o Brasil do caminho do ‘suicídio'”, o jornal britânico The Guardian destaca a preocupante devastação da Amazônia no governo Jair Bolsonaro, que sofre cada vez mais pressão da mídia estrangeira. De acordo com a publicação, “a grande maioria dos brasileiros quer proteger a floresta, segundo pesquisas de opinião, mas o governo tem priorizado os interesses comerciais”.
“Bolsonaro anunciou nesta semana que retomaria os projetos mega-hidrelétricos na Amazônia que foram interrompidos por motivos ambientais. Seu filho propôs uma lei no Congresso que enfraqueceria ainda mais as proteções em torno do território indígena e das reservas naturais”, afirma.
“O Brasil registrou mais de 72.000 incêndios este ano, um aumento de 84% em relação ao mesmo período de 2018, segundo o INPE. Nem todos eram incêndios florestais, mas mais da metade estava na Amazônia”, reforça o jornal.
A reprotagem destaca que Bolsonaro “tentou desviar a culpa”. “Ele demitiu o chefe da agência espacial e disse que os dados do satélite eram uma mentira. Seu chefe de gabinete alegou que as preocupações ambientais européias eram uma conspiração para restringir o crescimento econômico do Brasil”, continua.
“Seu ministro das Relações Exteriores twittou que era uma tática da esquerda internacional. Nesta semana, ele sugeriu, sem evidências, que grupos ambientalistas poderiam ter dado início aos incêndios para constranger seu governo. Esta última alegação foi condenada na quinta-feira em uma carta assinada por 118 organizações da sociedade civil”, acrescentou.