Bolsonaro agora xinga pai de Bachelet, morto na ditadura Pinochet

Bolsonaro agora xinga pai de Bachelet, morto na ditadura Pinochet

Jair Bolsonaro segue em seu show de horrores diplomático.

 

No Tijolaço

por Fernando Brito

 

Michelle Bachelet, duas vezes presidente do Chile e atual Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos cumpriu sua função ao dizer que está “preocupada” com a situação do Brasil, com os assassinatos que ocorrem aqui, com a apologia da tortura e da ditadura.

Animado pela sua tropa xucra e pelas patriotadas estúpidas, atacou o pai de Bachelet, Brigadeiro da Força Aérea Chilena que, por resistir ao golpe de Augusto Pinochet, foi preso e como preso morreu, em 1974, de um infarto provocado pelas torturas que lhe foram infligidas.

— Ela diz mais ainda que o Brasil está perdendo seu espaço democrático. Senhora MichelleBachelet, se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, e seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba, disse a O Globo.

O pai do presidente da OAB, a mulher de Emmanoel Macron, agora o pai da ex-presidente chilena…Qual será o limite da estupidez de Bolsonaro?

Bem, do ponto de vista pessoal, não há o que se fazer senão lamentar que um ser humano seja tão sórdido que se dedique a atacar pessoas por conta de pai, mãe ou “conge”.

Mas do político, significa que acaba de construir um imenso mal-estar com a ONU, diante da qual estará em 24 dias, se cumprir a sua promessa (ou ameaça?) de fazer o discurso de sua Assembleia Geral, como é tradição do Brasil desde a criação do organismo internacional.

É óbvio que terá o repúdio da comunidade internacional e até do próprio presidente de direita do Chile, Sebastian Piñera, que lhe serviu de advogado no G-7.

E fazer do nosso país um pária internacional é, sob qualquer aspecto, um crime de lesa-pátria.

 

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