Vi com angústia o Desfile Cívico e com esperança mais um Grito Dos Excluídos que acontecem há 25 anos no mesmo horário e local.
Comparar a demonstração de patriotismo é um dever cidadão. Mas, dói. Deprime.
De um lado, a igreja católica, estudantes e militantes de movimentos sociais que traziam o grito em defesa da Amazônia e da Educação e também contra ameças à soberania e um sistema que corrói direitos, a igualdade e a justiça.
Os gritos dos excluídos estavam em faixas gigantes e cartazes.
Do outro lado da avenida, um público bem maior sacolejando bandeiras do Brasil com o único desejo de demonstrar patriotismo sem ter por que.
Nenhum cartaz dos ‘patriotas’ em protesto ao entreguismo do governo Bolsonaro.
Fossem bem informados e honestos, teriam levado cartazes com frases que acreditam expressar o nacionalismo de Bolsonaro.
Teria dado essas dicas de frases:
Privatização de tudo!
Feirão da pechincha do Pré-Sal!
Liberação unilateral de visto!
Entrega da Embraer!
Garimpo em terras indígenas,já!
Exploração da Amazônia com EUA como grande parceiro, já!
A democracia permite escolhas, mas é fundamental que sejam conscientes, que tenham lógica.
E não vi nem uma coisa, nem outra dos ‘patriotas’ que aplaudiram o desfile da independência.
Estamos entre a dependência e morte.
Não entre uma ou outra.