247 – Numa declaração surpreendente no programa Roda Viva da TV Cultura da noite desta segunda-feira, Michel Temer qualificou a derrubada de Dilma Roussef em 2016 de “golpe” e chamou Lula de “presidente”. Assista. Disse que pretendia atuar com Lula para evitar o golpe, mas a proibição de Gilmar Mendes para que ele assumisse a Casa Civil inviabilizou a articulação. A admissão de Temer enterra de vez o discurso das elites de que teria havido um processo regular de impeachment contra Dilma. Leia Mais
Mês: setembro 2019
Caçambada Cutuba e as interrogações
A exibição do documentário do jornalista Zola Xavier sobre um atentado político em 1962 foi um sucesso de público, mas aqui e acolá li críticas fundadas no ‘esperava mais’.
Os ‘Cutubas’ revoltados com a exumação do fato histórico e os ‘Peles Curtas’ com expectativa metódica, cobraram mais do que nunca fora documentado por censura e covardia.
São reações normais e que devem ser concebidas não como freio, mas impulso.
O que Zola fez com a ajuda de amigos, muita dificuldade de acesso a dados e testemunhos, agora pode ser feito melhor por quem tenha mais recursos financeiros e experiência em produção audiovisual.
Os que resumem a produção no ‘esperava mais’, deviam focar no ‘por que esperamos tanto tempo’ e só pelo valor dos testemunhos o documentário cumpre sua finalidade.
Ao acompanhar as andanças de Zola, Basinho e Anísio, conversar sobre como iam as gravações, percebi claramente que a única pretensão era quebrar o silêncio.
Não esperei uma história contada com início, meio e fim, muito menos que encerrasse a controvérsia de 57 anos sobre o duelo político que acabou em sangue e silêncio.
A mim não decepciona a ousadia de simplesmente abrir um sepulcro histórico e desenterrar interrogações.
É esse o grande feito, desenterrar interrogações para que outros explorem a história por vários ângulos.
Um passo é ação extraordinária até que outros se atrevam a avançar no escaninho da história.
Quem pensa que foi fácil e de pouco valor convencer testemunhas a darem a cara à tapa nesta aldeia de conveniências espantosas e duradouras, não fez, nem fará mais e melhor.
Se Caçambada Cutuba deixou tantas interrogações, cumpriu sua finalidade.
A intenção é amplificar e produzir mais e mais versões sobre o que estava restrito à boca do povo, costurado com décadas de fingimento.
Os que ‘entendem’ de produção documental que ‘esperavam mais’, podem e devem fazer mais.
Desenterrem todos os silêncios!
O imenso público que prestigiou a estréia do documentário, quer mais.
Eu, com imensa satisfação, agradeço a Zola pelas interrogações.
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Um circo de horror ruralista
É como defino a Audiência pública que discute regularização fundiária em Rondônia, na Assembleia Legislativa de Rondônia.
O foco que dão à questão do conflito entre setor produtivo e meio ambiente é propositadamente desfocado.
Para não falar dos grandes que ocupam áreas imensas ilegalmente e destroem nossas matas, tudo, enfim, realçam o trabalho e dificuldades dos que legalmente produzem e enfrentam a burocracia para conseguir regularizar terras e obter financiamentos.
Desfocam, para avançar o que chamam de novo ciclo de colonização.
Não estão debatendo política pública para equilibrar desenvolvimento e proteção do meio ambiente.
Na verdade, parecia um grande palanque eleitoreiro. A conversa era deles, para eles.
É como se ainda estivessem em campanha eleitoral. E de fato, estão.
Luiz Antônio Nabhan Garcia, secretário Especial de Assuntos Fundiários, do Ministério da Agricultura, estava lá.
Garanto que ouviu mais choradeira e promessas que vão esbarrar no controle jurídico.
E, claro, confirmou ilusionismo nos discursos contra ONGs, áreas de conservação e territórios indígenas.
É fake uma Frente Parlamentar que não debate a regularização fundiária considerando o que há de mais grave entre o desenvolvimento e o meio ambiente.
Como destemidos colonizadores, de novo, querem passar por cima de tudo que estiver no caminho deles, atrapalhando.
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