Se Jair Bolsonaro tivesse um mínimo de coerência, demitiria o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Em março, logo depois que estourou o escândalo da corrupção no PSL, disse que tomaria providência se a policia confirmasse o envolvimento do ministro no caso de desvio de dinheiro público.
No DCM
Joaquim de Carvalho
A Polícia Federal confirmou. Ele foi indiciado por crimes que têm penas que, somadas, atingem 14 anos de prisão: falsidade ideológica, apropriação indébita e associação criminosa.
No ano passado, Álvaro Antônio chegou a ser cotado para ser vice na chapa de Bolsonaro, mas acabou se candidatando a deputado federal e teve a maior votação do Estado: 230.008.
Como presidente do partido, era responsável por redirecionar R$ 279 mil a candidatas, valor mínimo determinado pela Justiça Eleitoral.
Desse total, pelo menos R$ 85 mi foram encontrados em contas de quatro empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores do agora ministro.
É crime, que pode ser definido em uma frase: desvio de dinheiro público.
A PF tem as provas que traçam o caminho do dinheiro e também o depoimento/confissão das candidatas laranjas.
Não falta mais nada.
Assim, aos poucos, este governo vai tomando forma: é a cara de um miliciano. Agressivo e desonesto.