DCM – O Sínodo da Amazônia será oficialmente aberto neste domingo (6) com uma missa no Vaticano. A maioria dos participantes dos nove países da região amazônica já chegou, dentre eles uma centena de brasileiros – e não são somente religiosos católicos. Na lista de presenças confirmadas do Brasil estão lideranças indígenas, um cientista, um procurador da República, representantes das confissões luterana e anglicana e até mesmo um pastor da Assembleia de Deus.
O Sínodo foi convocado pelo papa em 2017 e é considerado “filho” da sua carta encíclica “Louvado Seja”, publicada em 2015. O documento mostrou ao mundo o cunho e qual seria a direção que o papado de Francisco seguiria: a de um grande apelo ao social a partir das periferias do mundo no contexto da emergência climática.
A fundação da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) em 2014, com sede em Quito, no Equador, é outro elemento fundamental para entender os caminhos que Francisco ainda pretende trilhar na região amazônica. O presidente da REPAM é o ex-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, cardeal capuchinho, fiel conselheiro do papa jesuíta. Era ele quem estava ao lado de Bergoglio quando este se apresentou ao mundo como pontífice, em 2013. Foi dom Cláudio quem lhe disse logo após a eleição para que “não se esquecesse dos pobres”. A resposta de Bergoglio veio em seu nome pontifício.
Não por acaso, dom Hummes é o relator geral do Sínodo. Caberá a ele apresentar os resultados das consultas para que o papa assine embaixo. “O que se faz de mal à terra, acaba fazendo mal aos seres humanos e vice-versa. Há necessidade de uma conversão ecológica”, disse o cardeal Hummes ao apresentar o Sínodo aos jornalistas na quinta-feira (3).
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