247 – A operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (15) e que teve como alvo o presidente do PSL, Luciano Bivar, está sendo avaliada pelo Palácio do Planalto como uma “justa causa” para que deputados da ala ligada a Jair Bolsonaro possam deixar o partido sem correr o risco de perderem o mandato por infidelidade partidária.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a avaliação é que a investigação da PF é a “bala de prata” que Bolsonaro precisava para justificar sua saída da legenda, bem como a dos deputados ligados a ele, sob a alegação de falta de transparência do PSL em relação ao uso dos recursos do fundo eleitoral e das investigações em torno do escândalo das candidaturas laranjas que envolvem o partido.
Mas enquanto os deputados bolsonaristas elogiam o “timing”da operação, Jair Bolsonaro mantém o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no cargo, embora ele seja um dos pivôs do escândalo do laranjal do PSL. O ministro já foi indiciado pela PF e denunciados pelo Ministério Público.
A operação contra Bivar foi deflagrada em meio a troca de farpas entre ele e Bolsonaro e que envolve o controle do partido e os recursos do fundo partidário. Na semana passada, Moro teve uma reunião reservada com Jair Bolsonaro onde o diretor-geral da PF, Mauricio Valeixo, também esteve presente. Indagado sobre o assunto, Moro evitou comentar o caso.Já a defesa de Luciano Bivar (PE), disse estranhar a operação da PF “principalmente por se estar vivenciando um momento de turbulência política”.