247 – Que Jair Bolsonaro foi eleito à presidência com forte ajuda das fake news disseminadas por grupos de direita em grupos de WhatsApp, já era de conhecimento público. Um levantamento feito pelo jornal britânico The Guardian, que publicou uma reportagem sobre o tema nesta quarta-feira 30, no entanto, traz dados mais precisos e essenciais.
O estudo analisou cerca de 12 mil mensagens repercutidas em cerca de 300 grupos de WhatsApp, com base em dados do WhatsApp Monitor, ferramenta desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e concluiu que 42% das mensagens compartilhadas pela direita eram notícias falsas. Por outro lado, apenas 3% das mensagens da esquerda eram falsas.
Segundo o Guardian, havia quatro categorias entre as mentiras da extrema-direita, sendo 48% relacionadas com teorias sobre fraude em urnas eleitorais, 19% sobre a facada sofrida por Bolsonaro, 16% tratavam de “desmentidos” de supostas matérias da grande mídia e do establishment e 14% miravam ativistas e lideranças da esquerda, recorrendo ao anti-feminismo e à LGBTfobia.