Os quatro brigadistas tinham sido presos na terça-feira 26, e eram apontados como responsáveis pelos incêndios na região de Alter do Chão.
Na Carta Capital
Os quatro brigadistas da organização Brigada de Alter do Chão, que tinham sido presos após serem acusados de atearem fogo na floresta, tiveram prisão preventiva revogada pela Justiça do Pará. O alvará de soltura estava sendo cumprido no fim da tarde no Centro de Triagem Masculina de Santarém.
Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Almeida Fernandes e Marcelo Aron Cwerner foram presos nas respectivas residências na terça-feira 26. Eles passaram pela audiência de custódia na tarde da quarta-feira, mas tiveram a liberdade negada pelo juiz Alexandre Rizzi – que, hoje, viria a liberá-los.
Rizzi argumenta que, por conta da apreensão de diversos documentos, HD’s e computadores dos quatro voluntários e de demais ONG’s citadas no inquérito, o tempo de análise do material manteria os brigadistas na cadeia sem necessidade.
Nesta quinta, o governador do Pará, Helder Barbalho, pediu para que se trocasse o responsável pelo inquérito que prendeu os brigadistas em Santarém.
O novo responsável pelo caso, agora, é o delegado Waldir Freire, da Delegacia do Meio-Ambiente. “Ninguém está acima da lei, mas ninguém pode ser vítima de pré-julgamento ou ter seu direito de defesa cerceado”, diz Barbalho no vídeo.
O Ministério Público Federal também já havia emitido nota à respeito. O órgão afirma que já havia uma investigação em curso desde setembro na Polícia Federal, e que “nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil”.