Confira a íntegra da matéria
Flávia não mora mais na mesma casa em que criou seus filhos -e que foi invadida várias vezes- na floresta Amazônica, em Rondônia. O que a fez sair recentemente de lá foram as ameaças. Hoje, ela não vai ao local com sua motocicleta, também não anda mais desacompanhada. Essa é a rotina da auxiliar de serviços em saúde Ana Flávia Nascimento, 46. Militante do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) desde 2013 em Rondônia, ela é uma liderança comunitária no distrito de Jaci-Paraná, em Porto Velho. O local, que tem cerca de 15 mil habitantes, teve a rotina afetada com a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA CLICANDO AQUI
A luta pelos direitos e contra o avanço de desmatadores fez com que, em outubro, ela entrasse no Programa Federal de Proteção de Defensores de Direitos Humanos, ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Mas isso não tem feito com que ela se sinta segura. “Não ando dentro da comunidade à noite, só em caso de algum evento e acompanhada com várias pessoas de minha confiança”, conta Flávia a Universa.
“Minha vida hoje aqui não está fácil. Em 2013 comecei, junto com outros moradores, a lutar pelos nossos direitos, de uma comunidade atingida pelas gigantescas usinas Jirau e Santo Antônio. A cada ano enfrentamos novas situações delicadas”, diz.