247 – A adesão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ao neofascismo representado por Jair Bolsonaro, no momento em que milhares de indústrias fecham em São Paulo e no Brasil, mereceu duríssima crítica na Folha de S. Paulo.
“Associando-se ao bolsonarismo, Skaf está amarrando a elite do estado mais dinâmico do Brasil ao que há de mais imundo e atrasado na tradição política brasileira”, escreveu o colunista Celso Rocha de Barros. “A vanguarda de nosso empresariado defende o torturador Brilhante Ustra, que introduzia ratos nas vaginas das presas? A locomotiva da nação dá graças a Deus porque Pinochet matou o pai de Michelle Bachelet? Há planos para projetar uma placa rasgada com o nome de Marielle Franco na fachada da sede na Paulista? As milícias de Rio das Pedras poderão se filiar à Fiesp? A elite paulista, que já financiou a Semana de Arte Moderna de 1922, a USP e o Masp, agora patrocinará a doença mental de Olavo de Carvalho? Os empreendedores bandeirantes defendem o negacionismo climático? Aliás, que modelo de empreendedorismo os federados de Skaf pretendem oferecer aos jovens paulistas, a startup ‘Escritório do Crime’?”, questionou o colunista Celso Rocha de Barros.
Skaf também tem sido repudiado por empresários por abandonar a agenda industrial e pensar apenas em seus projetos políticos.