Medo do desemprego sobe apenas entre os mais pobres, diz pesquisa

Medo do desemprego sobe apenas entre os mais pobres, diz pesquisa

Brasileiro ficou menos satisfeito com a vida em 2019, segundo o Índice de Satisfação com a Vida divulgado pela CNI

Na Carta Capital- A satisfação do brasileiro com a vida caiu em 2019, uma tendência que se seguiu ao longo de todo o ano. É o que mostra a pesquisa mais recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que divulgou nesta quarta-feira 8 o Índice de Medo do Desemprego e o Índice de Satisfação com a Vida do quarto trimestre de 2019. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019.

O índice de satisfação com a vida diminuiu 0,7 ponto em relação a setembro. A queda foi mais acentuada entre as mulheres e para as pessoas que possuem renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, apesar de todas as faixas de renda apresentarem descontentamento em relação ao questionado. Ao longo de 2019, o índice variou entre melhoras e pioras, mas o indicador encerra o ano 0,3 ponto abaixo de dezembro de 2018.

Uma parte dos brasileiros parece temer menos o desemprego – mas o assunto ainda é caro para os mais pobres. Em dezembro, o medo do desemprego caiu 2,1 pontos em relação à setembro do mesmo ano, mas permaneceu elevado entre aqueles que recebem até um salário mínimo. Esse estrato social foi ainda o único para o qual o temor aumentou ao invés de diminuir.

Para os mais pobres, o indicador atingiu 69,7 pontos em dezembro, em comparação aos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. De 2018 para 2019, no aspecto geral, a apreensão em relação ao emprego aumentou 1,1 ponto.

As regiões Norte e Centro-Oeste também apresentaram aumento do medo do desemprego. Sudeste, Nordeste e Sul, por outro lado, apresentaram uma queda no índice.

Para 2020, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) analisou, em um evento de projeções realizado em dezembro de 2019, que o desemprego ficará no patamar elevado de 11,3%, com reflexo na renda. “Existe um estoque grande de desempregados que termina por moderar o ganho real de salário”, disse o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco.

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