Bolsonaro tem a pior avaliação em relação ao primeiro ano de mandato

Bolsonaro tem a pior avaliação em relação ao primeiro ano de mandato

O estudo foi realizado a partir de aproximadamente duas mil entrevistas - Créditos: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com avaliação negativa entre 31% dos brasileiros, o capitão apresenta o pior índice em relação aos seus antecessores

Redação

Brasil de Fato | São Paulo 

Cerca de 31% da população avalia o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) como negativo, de acordo com a pesquisa MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta quarta-feira (22).

O índice é o mais negativo desde 2004, quando 15% da população avaliou o primeiro ano do governo Lula como ruim, e também perde para o primeiro ano do mandato de Dilma Rousseff, avaliado como negativo por 7% dos brasileiros. Não há dados sobre o primeiro ano de governo de Fernando Henrique Cardoso, uma vez que série histórica começou em 1998. 

Quanto às avaliações positivas, Bolsonaro também mantém o pior índice em relação aos governos anteriores, com 34,5% da população avaliando o primeiro ano do mandato do capitão reformado como positivo. Em 2004, cerca de 40% da população avaliou o primeiro ano de Lula como positivo. Com Dilma Rousseff, o índice subiu para 56,6%. 

O estudo é trabalhado em cima da percepção da população acerca do desempenho pessoal de Bolsonaro na Presidência da República e de questões relacionadas ao governo, como economia, Congresso Nacional, Segurança Pública, endividamento da população e imprensa. O estudo foi realizado a partir de aproximadamente duas mil entrevistas, entre 15 e 18 de janeiro, em 137 municípios, e apresenta uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. 

Em relação à situação do Brasil após um ano do governo Bolsonaro, a opinião de 36,2% dos entrevistados é de que está melhor, 37,4% consideram que permanece igual e 25% apontam que está pior. Entre aqueles que consideram a situação melhor, os principais motivos são: “economia melhorou” (48,7%) , “menos corrupção” (46,8%), “segurança pública melhorou” (30,5%) e “melhor utilização do dinheiro público” (21,4%). Entre os que consideram a situação do país pior sob o governo Bolsonaro, os principais motivos são: “economia piorou”, (54,3%), “saúde piorou” (42,7%), “educação está pior”, (30,5%) e “segurança pública piorou”, (27,7%).

Pior primeiro mês de mandato

Em fevereiro de 2019, uma mesma pesquisa de avaliação do governo, também feita pela CNT, mostrou que Bolsonaro foi o presidente com menor índice de aprovação no primeiro mês do mandato desde 1998, quando o estudo começou a ser realizado. Na ocasião, o capitão era visto por 29% da população como regular, e como ruim ou péssimo por 19%. 

Do outro lado, anunciou que o governo era bom ou ótimo para 38,9%; 13,1% não soube ou não quis responder. A fim de comparação, a pesquisa CNT no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, apontava uma aprovação de 56,6%. Já o início do primeiro governo de Dilma Rousseff foi considerado bom ou ótimo por 49,2% da população. Por sua vez, o governo de Michel Temer (MDB), teve uma aprovação de 11% nos primeiros meses. 

De fevereiro a agosto de 2019, a rejeição ao desempenho pessoal de Bolsonaro passou de 28,2% para 53,7% entre os entrevistados – em todas as pesquisas, o número de entrevistados é o mesmo. 

 

Edição: Leandro Melito

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