Do Instagram do ator Pedro Cardoso, ex-Globo:
Bom dia.
Na foto, a lista macabra dos livros mandados recolher pelo desgoverno de Rondônia, a mando do gerente Marcos Rocha, coronel (PSL, a caminho do Aliança) sendo secretário de deseducação Suamy Vivecananda. Obtive as informações na Folha. Justificativa deles: “conteúdo inadeguado blá, blá, blá”.
Primeiro: duvido que Messias e qualquer uma das pessoas que se alinha com o nazifascismo brasileiro tenha lido sequer 1 dos 42 livros da lista. Mas duvido mesmo. Eles odeiam ler! Ler custa-lhes um esforço de atenção para com o desconhecido que eles não têm o hábito psicológico de empreender. O nazifascismo brasileiro quer queimar livros porque quer queimar pessoas. O ápice do prazer deles é matar.
Quem ainda se ilude de que o messianismo de falsa religiosidade é uma temporária excentricidade, uma mera bizarrice de ignorantes no poder que a próxima eleição ira sanar, é porque não está sendo agredido todos os dias pela violência de pervertidos policiais, pelo sub-emprego pós-reforma trabalhista, pelo mau emprego de baixa remuneração, pelo desemprego futuro inevitável.
Quem ainda acha que votou certo com a justificativa de tirar o PT do poder é porque não se permite a humildade de ter errado ou por ser nazifascista como seus eleitos. Banir livros, odiar a sexualidade, proteger o sangue e os agregados, militarizar tudo, comemorar a morte de pré-julgados criminosos, a estética nazista de Alvin e sua ridícula heroicidade épica…
Os sinais do nazifascismo brasileiro são propositalmente exuberantes. Eles têm vaidade de se identificarem. Acham-se bonitos, verdadeiros e viris. São feios, mentirosos e impotentes, como todo e qualquer totalitarismo. A China, e sua ditadura cruel, não é melhor porque é comunista. É tudo tirania de tarados.
Quem dos 57 milhões de votantes em Messias ainda pode estar dormindo tranquilo? Só os patologicamente inconsequentes ou quem esteja em negação absoluta. Ou, não sei.
Somos muitos brasis (embora todos se pretendam ser o único) mas quem manda recolher Machado de Assis não tem nem o direito de se dizer brasileiro uma vez que ninguém pode ser o que não conhece e não há brasilidade definida antes das memórias nunca póstumas de Brás Cubas.