Carta contra Bolsonaro e autoritarismo no Brasil é publicada em jornal inglês

Carta contra Bolsonaro e autoritarismo no Brasil é publicada em jornal inglês

(Foto: Alan Santos/PR)

Mais de 2000 pessoas, entre elas Chico Buarque e Djamila Ribeiro, assinam carta de apelo à comunidade internacional e denunciam censura

Carta Capital

“As instituições democráticas no Brasil estão sob ataque”. Mais de 2000 artistas, intelectuais, professores e demais pessoas críticas à gestão de Jair Bolsonaro e os ataques à cultura, mídia, liberdade religiosa e educação publicaram, na noite do sábado 08, uma carta aberta que denuncia a situação brasileira e pede apoio da comunidade internacional na repercussão dos fatos. A publicação foi feita no jornal britânico The Guardian.

Entre os assinantes, estão grandes figuras nacionais como Chico Buarque, Conceição Evaristo, Caetano Veloso, Djamila Ribeiro e Sônia Guajajara. Nomes internacionais também assinaram o manifesto, como o escritor Mia Couto, o sociólogo Noam Chomsky e o antropólogo Boaventura Sousa Santos. Professores, funcionários públicos, militantes, atores e atrizes também se encontram na relação.

A carta retoma ataques feitos no começo da gestão de Bolsonaro, como a demissão do diretor de marketing do Banco do Brasil após uma propaganda promover diversidade, e eventos mais recentes do governo, como os ataques à cineasta Petra Costa promovidos pela Secom (Secretaria de Comunicação). Petra também assina a carta, e concorre ao Oscar de Melhor Documentário com o filme “Democracia em Vertigem”.

“Desde que assumiu, a administração de Jair Bolsonaro, ajudada por seus aliados da extrema-direita, têm sistematicamente minado instituições culturais, científicas e educacionais no país, assim como tem feito com a imprensa”, escrevem os assinantes. “O governo Bolsonaro deixou claro que não irá tolerar desvios de sua política e visão de mundo ultraconservadores”.

Para exemplificar, os autores do manifesto relembram a demissão do professor Ricardo Galvão do Inpe (Institutos de Pesquisas Espaciais) no auge da crise da Amazônia, que apresentou desmatamento recorde em 2019.

Também nomeiam algumas das instituições sob perigo de censura no país, especialmente a Ancine (Agência Nacional do Cinema), a Biblioteca Nacional e a Fundação Palmares.

Entre os assinantes, estão grandes figuras nacionais como Chico Buarque, Conceição Evaristo, Caetano Veloso, Djamila Ribeiro e Sônia Guajajara. Nomes internacionais também assinaram o manifesto, como o escritor Mia Couto, o sociólogo Noam Chomsky e o antropólogo Boaventura Sousa Santos. Professores, funcionários públicos, militantes, atores e atrizes também se encontram na relação.

A carta retoma ataques feitos no começo da gestão de Bolsonaro, como a demissão do diretor de marketing do Banco do Brasil após uma propaganda promover diversidade, e eventos mais recentes do governo, como os ataques à cineasta Petra Costa promovidos pela Secom (Secretaria de Comunicação). Petra também assina a carta, e concorre ao Oscar de Melhor Documentário com o filme “Democracia em Vertigem”.

“Desde que assumiu, a administração de Jair Bolsonaro, ajudada por seus aliados da extrema-direita, têm sistematicamente minado instituições culturais, científicas e educacionais no país, assim como tem feito com a imprensa”, escrevem os assinantes. “O governo Bolsonaro deixou claro que não irá tolerar desvios de sua política e visão de mundo ultraconservadores”.

Para exemplificar, os autores do manifesto relembram a demissão do professor Ricardo Galvão do Inpe (Institutos de Pesquisas Espaciais) no auge da crise da Amazônia, que apresentou desmatamento recorde em 2019.

Também nomeiam algumas das instituições sob perigo de censura no país, especialmente a Ancine (Agência Nacional do Cinema), a Biblioteca Nacional e a Fundação Palmares.

O apelo final da carta pede que a comunidade internacional expressa solidariedade pública frente aos ataques sofridos, condene as tentativas de Bolsonaro pressionar politicamente artistas e organizações culturais, pressione o Brasil a respeitar as declarações de direitos humanos, assim como a liberdade de imprensa, pensamento e religião, e destaca a necessidade da mídia internacional colocar os fatos sob holofotes.

“Esse é um momento político grave. Nós precisamos rejeitar a escalada do autoritarismo”, finaliza o grupo. A carta completa pode ser lida aqui (em inglês), e a lista dos assinantes está disponível neste link.

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