Na Jovem Pan – Os relatos de discriminação e violência contra a mulher na internet dispararam em 2019. A conclusão é do levantamento da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, divulgado nesta terça-feira (11) — o Dia Mundial da Internet Segura.
As violações contra mulheres ficaram em 3º lugar entre os casos de ataques mais comuns nas redes ano passado, representando 10% do total. Em 2018, esse tipo de crime ocupava a 7ª posição no ranking.
Assim como no ano anterior, a pornografia infantil concentra a maior parte dos relatos de abusos na internet — cerca de 74%.
O presidente da Safernet Brasil e coordenador da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, Thiago Tavares, afirma que mais de 70 mil reclamações foram recebidas pelo canal apenas no ano passado.
“Nós não temos casos reincidentes e persistentes de sites, por exemplo, com imagens de abuso ou exploração sexual registradas no .br.”
A presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Rodrigues Silva, que estava no evento, ressaltou a importância de manter os jovens bem informados sobre os riscos da internet.
“Todos esses riscos precisam ser mostrados aos adolescentes antes de acontecerem. Esse é o papel do pediatra orientando as famílias e os jovens orientando do que pode ou não pode acontecer.”
A apologia ou incitação à violência online foi o 2º crime mais comum na internet em 2019. A Safernet também aponta um crescimento das denúncias sobre intolerância religiosa, que subiram 30% no ano passado.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini