Protestos estão marcados para acontecer de norte a sul do país, das capitais às cidades menores
Caroline OliveiraBrasil de Fato | São Paulo (SP)
No próximo domingo (8), Dia Internacional de Luta das Mulheres, centenas de manifestações se espalharão pelas ruas do Brasil para denunciar a desigualdade de gênero e os retrocessos encampados contra as mulheres brasileiras.
Já são centenas de protestos marcados em todas as regiões do país, desde Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, até Santa Luzia do Pará.
Nalu Faria, psicóloga e coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, afirma que o 8 de março se tornou o principal dia de mobilização das mulheres não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
É quando diversos setores de movimentos de mulheres, como as trabalhadoras sindicalistas, camponesas e mulheres negras buscam se unir para denunciar os retrocessos, ainda que dentro de suas especificidades.
“A gente busca sempre que seja um momento que a gente não separe as chamadas agendas feministas das agendas de outras lutas. Pelo contrário, a gente sempre trabalha com a ideia de atuar por uma perspectiva feminista em uma luta pela transformação do mundo. E claro que isso coloca especificidade nas bandeiras, mas nossas lutas vão nesse sentido de transformação do mundo”, afirma Faria.
A psicóloga ressalta que a pauta conservadora do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é uma das questões centrais das manifestações neste ano. “É um governo de direita, conservador, contra os trabalhadores, as mulheres, os negros e os indígenas”, diz.
No início do mês de março, o governo brasileiro foi citado em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre países onde a religião é utilizada por governos como uma justificativa para dificultar o acesso de mulheres e meninas à educação sexual.
Desde o começo de sua gestão, Bolsonaro modificou a política externa e de direitos humanos a fim de priorizar valores religiosos em detrimento dos direitos femininos.
Confira a agenda das manifestações em março deste ano:
Sudeste
São Paulo (SP)
Os atos serão realizados, na parte da tarde, nos seguintes locais: Escadaria do Theatro Municipal, Praça Ramos de Azevedo e Pátio do Colégio, no dia 5; Praça da Sé, dia 6; em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, no dia 8.
Belo Horizonte (MG)
Ocupação Pátria Livre, dia 8 às 14h.
Vitória (ES)
Em frente à Defensoria Pública e no Parque Moscoso, no dia 6 às 15h.
Rio de Janeiro (RJ)
Praça da Candelária, dia 9, às 17h.
Nordeste
Natal (RN)
Praça das Flores, dia 8, às 8h.
Teresina (PI)
Praça da Liberdade, dia 8, às 8h.
Aracaju (SE)
Arcos da Orla, dia 8, às 9h.
Salvador (BA)
Cristo da Barra, dia 8, às 9h.
Fortaleza (CE)
Centro Dragão do Mar, dia 5, às 13h.
Recife (PE)
Praça Treze de Maio, dia 9, às 13h.
Maceió (AL)
Iate Clube, na praia de Pajuçara, dia 8, às 14h.
São Luís (MA)
Praça Deodoro, dia 9, às 15h.
João Pessoa (PB)
Busto de Tambaú, dia 8 às, 15h.
São Luís (MA)
Praça Deodoro, dia 8, às 15h.
Norte
Palmas (TO)
Feira da Aureny, dia 8, às 7h.
Boa Vista (RR)
Anfiteatro do Mini-terminal, dia 8, às 18h.
Belém (PA)
Praça Waldemar Henrique, dia 8, às 9h.
Macapá (AP)
Praça Veiga Cabral, dia 8, às 15h.
Manaus (AM)
Largo São Sebastião, dia 6, às 16h.
Centro-Oeste
Goiânia (GO)
Faculdade de Educação, no setor Leste Universitário, dia 7h, às 15h.
Cuiabá, (MT)
Praça Ulysses Guimarães, dia 8, às 16h.
Brasília (DF)
Pavilhão do Parque da Cidade, dia 8, às 7h.
Sul
Curitiba (PR)
Teatro Paiol, dia 8, às 8h. Parolin, dia 8, às 9h.
Porto Alegre (RS)
Orla do Gasômetro, dia 8, às 10h. Esquina Democrática, dia 9, às 10h.
Florianópolis (SC)
Cabeceira da Ponte Hercílio Luz, dia 8, 12h
Edição: Leandro Melito