Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão em um presídio federal em Rondônia; advogado de Élcio disse que irá recorrer
Carta Capital – Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de planejarem e executarem o assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e de seu motorista Anderson Gomes, irão a júri popular. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira 10.
Os dois ex-policiais são réus por duplo homicídio e também responderão pela tentativa de homicídio contra a assessora de Marielle que estava no carro, Fernanda Gonçalves Chaves. O crime aconteceu há quase dois anos, no dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. Ainda não há esclarecimentos finais sobre o mandante do crime.
Os suspeitos estão presos no presídio de Porto Velho, em Rondônia, desde maio de 2019. Eles também passaram por Bangu 1, no Rio, e pela penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. No decorrer do processo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga o caso, chegou a oferecer delação premiada para os dois acusados a fim de obter mais informações sobre o caso, mas ambos negaram – assim como negam o envolvimento no crime até hoje.
Em resposta ao portal G1, o advogado de Élcio de Queiroz afirmou que está avaliando a decisão e que irá recorrer. Até o momento, não houve pronunciamento da defesa de Ronnie Lessa.
O júri popular pode ser a escolha do Judiciário para crimes dolosos contra a vida. Cabe a um colegiado de populares sorteados declararem se o réu em questão é culpado ou inocente.