A MP 927, assinada por Jair Bolsonaro na noite de domingo, que pode deixar o trabalhador sem salário por até 4 meses, causou indignação entre oposicionistas nas redes sociais.
No Viomundo
“Bolsonaro não apenas fala absurdos. Falar já é grave. Mas ele faz absurdos. Ele não tem sensatez nem sensibilidade social. Espero que o Congresso e o Supremo salvem o Brasil”, escreveu o governador do Maranhão, Flávio Dino.
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) escreveu: “A MP 927, editada na noite de domingo, é um absurdo sem precedentes! No meio da Pandemia, Bolsonaro permite que se corte salário de trabalhador em quarentena. Não fala de auxílio algum. Só de corte! É surreal! É uma MP da morte!”
A hashtag #BolsonaroGenocida subiu imediatamente no twitter.
“É duro ter que lidar com um vírus e um verme, simultaneamente”, escreveu o petista Fernando Haddad.
“Isto é um crime inaceitável! O Supremo será acionado contra esta violência! O Congresso Nacional precisa se reunir virtualmente e rejeitar este absurdo genocida!”, repudiou o pedetista Ciro Gomes.
O perfil do Psol explicou: “Ao demitir alguém, o empresário precisa arcar com recisão, FGTS e seguro-desemprego. Com essa MP de Bolsonaro, trabalhadores ficam abandonados sem nenhuma renda. Diz defender empregos, mas Bolsonaro só quer defender empresários. Para ele, os trabalhadores que morram de fome”.
O partido definiu a medida de Bolsonaro como uma espécie de Ato Institucional número 5: “A nova MP de Bolsonaro é criminosa. É seu AI-5 trabalhista. Permite que empresas troquem o trabalho por cursos online por 4 meses. Detalhe: sem salário!Como trabalhadores vão se sustentar durante o isolamento? A fome não é virtual! Nós precisamos derrubar a MP 927 urgentemente”.
“Enquanto o mundo garante trabalho e renda na crise, Bolsonaro e Guedes querem demitir e suspender contrato de trabalho sem salário. É cruel, perverso. Aposta no caos! Inaceitável! Não mexe no lucro absurdo de bancos, não tributa milionários, mas suspende salários e demite”, escreveu a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Ela lembrou que a atuação de Jair Bolsonaro quanto ao combate do coronavírus é desagregadora: “Ainda quer culpar os governadores pelo caos! Não coordena ações, desmonta ações nacionais, desqualifica o esforço de governadores e prefeitos, protege o lucro de bancos privados e suspende salário de trabalhadores por MP. Vergonha mundial!”
O deputado federal Enio Verri (PT-PR) lembrou que a medida de Bolsonaro vai de encontro à ação de países como os Estados Unidos: “Os EUA vão pagar US$ 1 mil aos trabalhadores obrigados à quarentena. No Brasil, Bolsonaro quer matar os trabalhadores de fome, com a MP 927, que permite que os empregadores deixem os empregados sem salário por até quatro meses. Crime de lesa-humanidade”.