A notícia foi dada por meio de uma ‘live’ no perfil do governador Marcos Rocha.
O coronel catapultado à cena política pela onda bolsonarista fez o contrário do que decidiram 27 governadores em videoconferência nesta quarta-feira, 25, em resposta ao pronunciamento em que o presidente Jair Bolsonaro estimula os brasileiros a desafiar a quarentena contra o coronavírus.
Os governadores apresentaram várias propostas e cobranças, entre elas, a aplicação de lei que prevê renda básica para todos os brasileiros.
Todos se comprometeram a continuar adotando medidas de acordo com as orientações de profissionais de saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Marcos Rocha foi na contramão, flexibilizou o decreto que teria efeito até o dia dois de abril.
Com a alteração está liberado o funcionamento de funerárias, comércio de produtos ligados a agroindústria, obras e serviços de engenharia, manutenção e limpeza, hotéis e hospedarias, escritórios de contabilidade, lojas de materiais de construção, borracharias e restaurantes às margens de rodovias.
Ao falar dos estabelecimentos que estão autorizados a abrir as portas, Marcos Rocha ressaltou a importância do uso do álcool em gel, ignorando que o produto não está disponível no mercado.
O governador disse que tomou a decisão após ouvir o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas e seu secretariado.
Fica claro, no entanto, que a motivação para alterar o decreto se deu após o o apelo de Bolsonaro pelo fim do confinamento em massa, o que chocou especialistas da área da saúde do mundo todo.
“Lembrando que sou um apoiador, sou uma pessoa amiga do presidente Bolsonaro e a gente vai seguir essa linha aqui, de fazer com que o decreto mantenha a linha produtiva”, disse o governador.
Após dois dias sem divulgar dados do coronavírus, a Secretaria de Saúde disponibilizou o boletim que mostra o estado com 5 casos confirmados, 585 notificados e 166 descartados.
Confira a live: