O auxílio emergencial é para salvar ou matar o povo?

O auxílio emergencial é para salvar ou matar o povo?

É mais que humilhação o que o governo Bolsonaro está fazendo com quem precisa do auxílio emergencial de 600 reais pago por causa da pandemia.

Em todas as cidades há filas e aglomerações que fatalmente vão resultar no aumento da contaminação pelo novo coronavírus.

Essa em Porto Velho, Rondônia, dobrou o quarteirão da agência da Caixa Econômica na região central. Na frente tem uma lotérica com outra fila, o que dobra a aglomeração.

Quem pediu o auxílio para não morrer de fome, corre o risco de morrer pela Covid-19.


O calendário divulgado pela Caixa Econômica para evitar que o povo se amontoe não pode ser considerado eficaz.

O distanciamento mínimo e o uso de máscaras são ignorados por muitos, sobretudo por apoiadores do presidente Bolsonaro que seguem achando exagerada a cobertura da imprensa sobre a pandemia.

Enquanto aguardam horas nas filas, o debate político é inevitável.


Em muitos estados são registradas confusões, protestos com bloqueios de ruas, agressões verbais e até físicas a funcionários que estão na linha de frente do atendimento.

A desinformação agrava a situação e gera bate boca, pois atinge beneficiários e atendentes.

As cenas caóticas se repetem em todas as regiões do país.

É degradante ver gente dormindo nas calçadas em colchões, cadeiras ou papelão.

É inquestionável que isso vai impulsionar o espalhamento da doença.

Um estudo do Imperial College de Londres aponta que a taxa de contágio do coronavírus no Brasil é de 2,8, a maior entre 48 países analisados. Até o fim dessa semana, os infectados podem chegar a 10 mil.


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