Não fosse pela pandemia, que nos obrigou ao recolhimento compulsório, confrontos entre fascistas e Antifas seriam constantes. Um dos motivos que mantém Bolsonaro no cargo é a pouca incidência desses conflitos, falta gente na rua para tornar o caminho até o impeachment mais curto.
No Brasil 247, por Ricardo Mezavila
Os fascistas apoiadores do presidente, como todos os domingos, fazem carreata pelas ruas do Brasil com seus carros importados, pelo direito de os trabalhadores aglomerarem-se em trens e ônibus lotados.
Em Porto Alegre, uma dessas carreatas foi interceptada por um grupo de Antifascistas. Os manifestantes tentaram argumentar, mas com fascista não tem conversa, e não tiveram outra alternativa a não ser voltar de marcha à ré.
Esses atos tendem a crescer, principalmente depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, que deve ter chocado muita gente contrária e até mesmo favorável ao presidente, que teve que engolir nas ruas de Brasília um muito bem colocado “vai trabalhar, vagabundo’, junto com o hot dog e a mostarda que escorria pelo seu braço.
O movimento Antifascista, Antifa, reúne grupos de esquerda para combater o fascismo utilizando de quaisquer meios que julgarem necessários. Em 2018 estavam nas ruas fazendo oposição e denunciando o candidato Jair Bolsonaro.
O movimento surgiu na Alemanha, início da década de 1930, durante a ascensão e fortalecimento do nazismo. No Brasil, na mesma década, o Antifascismo se fortaleceu com a Frente Única Antifascista, em oposição ao movimento da Ação Integralista Brasileira.
Não fosse pela pandemia, que nos obrigou ao recolhimento compulsório, confrontos entre fascistas e Antifas seriam constantes. Um dos motivos que mantém Bolsonaro no cargo é a pouca incidência desses conflitos, falta gente na rua para tornar o caminho até o impeachment mais curto.