A Secretaria de Saúde de Rondônia informou que realizou mil testes rápidos num mutirão na Capital, Porto Velho.
Uma enorme fila de carros se formou para testagem em massa em frente ao Centro Político-Administrativo do governo.
O secretário de saúde, Fernando Máximo, gravou vários videos mostrando a entrega do resultado do teste, do kit de medicamentos e do termo de consentimento ao uso.
Assim…
Vapt-vupt!
O kit continha: cloroquina, axitromicina, ivermectina e dipirona e foi entregue a quem testou positivo.
Quem vier a morrer pelos efeitos da cloroquina, droga que não tem benefício provado no tratamento da Covd-19 e pode aumentar o risco de morte em 30% dos casos, consentiu a prescrição no drive-thru.
Os estudos sobre o uso da cloroquina são inconclusivos, mas porque o presidente Jair Bolsonaro autorizou é utilizada na rede pública do país sem consulta médica e até em pacientes assintomáticos.
Estudos científicos importantes sobre a cloroquina já foram revistos em vários países, recomendando o uso e não recomendando.
De certo só que não é certo atestar a eficácia da droga contra o novo coronavírus.
Se fosse, com mais 36 mil mortes e mais de 675 mil casos no Brasil, não pediriam consentimento do paciente.
É flagrante a irresponsabilidade do governo, o desespero da população e o desprezo com o Conselho Federal de Medicina que emitiu parecer apontando em quais casos a cloroquina poderia ser usada.
O CFM destacou que “o princípio de autonomia do médico que deve nortear a escolha pelo tratamento e a decisão deve ser compartilhada com o paciente”.
Com 7701 casos confirmados, 228 óbitos e capacidade de leitos em UTI esgotada, o governo bolsonarista apela a ações midiáticas e irresponsáveis.
A próxima deve ser o delivery de cloroquina.
Quem não morrer, saberá no que deu essa aventura perigosa.
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