Foram mais 303 mil focos registrados no mês em todo o Brasil, alta de 38,6% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Mariana Grilli, Uol
As queimadas no mês de julho aumentaram 28,5% na Amazônia em comparação ao mesmo mês do ano passado. Os números são revelados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), considerando a utilização de todos os satélites cadastrados no sistema. Entre 1º e 31 de julho foram 119.915 focos registrados, ante 93.342 de 2019.
Mas não foi só na Amazônia que as queimadas aumentaram. Em todo o Brasil, 303.209 queimadas foram capturadas pelos satélites do Inpe, 38,6% a mais que o ano passado. O crescimento também foi registrado no Cerrado, com aumento de 12,9%, além de alta significativa no Pantanal, que passou de 6.833 queimadas para 60.388, o que representa acréscimo de 783%.
Mesmo após decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, proibindo as queimadas a partir do dia 16 de julho, a maior parte dos focos foi registrado entre os dias 20 e 26 do mês. O mesmo aconteceu com a Amazônia, a qual também está contemplada na Moratória das Queimadas, mas que foi alvo do uso do fogo principalmente na última semana de julho.