A capital terá o mesmo prefeito ou uma prefeita em poucos dias.
Hildon Chaves ou Cristiane Lopes, são indiferentes a quem faz ou vive a cultura de Porto Velho.
A escolha é sobre manter o que está ou ruim ou arriscar no pior.
A saída é comprometer ambos com nova postura.
Nem ele, nem ela, conhecem o mínimo do que se produz aqui e os dois nunca foram capazes de defender o nosso patrimônio cultural nos seus mandatos de prefeito e vereadora.
Foram quatro anos de pouca ação e muita omissão.
A prefeitura se dedicou a contribuir com o mínimo de estrutura, limpeza e iluminação em pequenos eventos.
A expressão mais vigorosa da cultura popular, o desfile de Escolas de Samba, só recebeu investimento da prefeitura em 2018 porque era ano eleitoral.
Nos dois anos seguintes, por conta própria a tricampeã Asfaltão manteve a tradição do desfile na rua da sua comunidade.
Hildon também não ajudou os blocos carnavalescos que, assim como as Escolas de Samba, cresceram junto com a cidade.
O Flor do Maracujá se manteve por força dos grupos folclóricos e não das migalhas de parcerias entre prefeitura e governo do estado.
Vou me limitar a lembrar o descaso com os eventos mais grandiosos pra não escrever um texto maceta que ninguém iria ler, como aliás, Cristiane Lopes já disse que fez ao dar voto favorável à propositura danosa do prefeito.
A questão é que estamos num beco sem saída, num mato se cachorro, numa briga de foice no escuro, no que diz respeito à perspectiva de política para a cultura nos próximos quatro anos.
Todos desse nicho deveriam ter votado em Ramon Cujuí, do PT, o partido que mais investiu manifestações culturais. E isso ninguém pode negar!
Quando o ex-prefeito Roberto Sobrinho deixou a prefeitura o orçamento da Fundação Cultural – criada pela gestão petista – foi de quase 4 milhões, dos quais mais de 890 mil eram destinados a encargos e pessoal. O restante era investimento.
O último ano de mandato de Hildon não conta em função da pandemia que parou tudo, mas o orçamento destinado antes de saber que o coronavírus ia chegar, foi de pouco mais de 2, 2 milhão. Desse total, mais de 1,5 milhão foi para pagar pessoal e mais de 300 mil para outras despesas.
Está nas Lei Orçamentárias Anuais, disponíveis no site da prefeitura.
Para embaçar ainda mais o horizonte da cultura os vereadores e vereadoras reeleitos e eleitos não entendem bulhufas das nossas tradições.
E como tinha candidato e candidata bons do meio cultural! Do samba, dos blocos, do teatro, da nossa MPBÉRA…
Lamentável nenhum ter sido eleito ou eleita.
O seguinte é que o pessoal da cultura precisa se erguer para não ser reduzido por mais quatro anos à representação política que tem.
Minha intenção é forçar um manifesto urgente para que Hildon e Cristiane se comprometam em promover a produção, promoção e difusão dos nossos bens culturais.
Nem que seja para esfregar na cara do eleito ou eleita, que despreza ou não cumpriu com o pacto.
Bóra lá!
Que se levantem todos e todas como os dançarinos de boi-bumbá, com força, amor e coragem!