A polêmica está instalada sobre o voto em branco e nulo no segundo turno da eleição na capital, opções garantidas legalmente ao eleitor e eleitora.
A decisão de utilizar essas formas de protesto a dois candidatos é, guardadas as diferenças entre uma opção e outra, pura e legítima manifestação de protesto.
Já pensei diferente e até bati boca exigindo a escolha entre o ruim e o menos ruim.
Amadurecida em minhas convicções políticas, ciente de que projeto elitista é tão danoso quanto o fundamentalista religioso, e que caminham juntos quando não estão em oposição eleitoral, declarei a legitimidade de dizer Ele Não e Ela Não.
Não vou julgar quem consegue escolher, colocar filtro tucano na cara e até subir no palanque.
Democracia é direito de escolha.
Não voto no diabo e nem no assessor dele só porque um dos dois será eleito.
Essa é posição minha como cidadã, de esquerda e em constante construção por um mundo mais justo.
Não é para influenciar ninguém.
Creio que faz bem à democracia manifestações políticas radicais como essa, não o contrário.
Ver a direita ou extrema-direita vencer com votos de minoria é ganho político de longo prazo.
É o que força mudanças de discursos, posturas e políticas públicas para conquistar e manter eleitorado.
É isso.