Como candidata a vereadora conheci muitos cidadãos e cidadãs com ampla consciência política, social e responsabilidade econômica.
Muitas vezes pensei que certa pessoa deveria estar comigo na disputa.
Por que não na corrida pela prefeitura?
A mulher empresária, a professora, a missionária, a artesã e a psicóloga, por bondade, preparo intelectual e caráter, podiam ser candidatas a prefeita.
O feirante jovem politizado e sensível às necessidades do povo, o ribeirinho engajado em causas sociais e ambientais, o agricultor consciente e o advogado evangélico com visão inclusiva, podiam ser candidatos a prefeito.
O jogo político não alcança os de mais boa vontade e capacidade de qualificar uma gestão.
Os melhores não têm ‘padrinho’, dinheiro ou ‘máquina’ de qualquer natureza para atingir grande parcela do eleitorado.
O que restou da disputa no primeiro turno foi a escolha entre os piores. Entre um homem e uma mulher incapazes de fazer o que a cidade e povo precisam.
Não vejo neles franqueza alguma no que propõem.
O último debate não foi sobre quem teve melhor, mais pior desempenho.
Nada se aproveita de um debate modorrento por frases ensaiadas, vulgares e demagógicas.
Hildon Chaves quer se reeleger abusando da paciência do eleitor com inverdades.
Com cara de quem não dormia há uns três dias, acenou com promessas ao eleitorado evangélico e voltou a insinuar que por sua gestão, os viadutos foram concluídos.
Gaguejou, repetiu frases e soltou um dito popular duas vezes pra virar meme. Vai que cola de novo?!
Cristiane Lopes estava com cara de bem dormida, mas sonhando alto em como prometer tudo e um pouco mais, sem dizer como.
Ela ter se saído menos ruim que Hildon não a coloca em vantagem, mas em igualdade na técnica do canto da sereia.
Sob encantamento chegamos na beira, na iminência de sermos levados mais uma vez a mergulhar nas profundezas do rio da enganação.
Faço aniversário neste domingo e não me dou de presente o menos ruim.
Não, sereia.
Não serei um, nem outra.
Serei o tapa na cara deles com meu desencanto, amor e coragem pra lutar.