Algo muito grave está acontecendo nesse momento na Amazônia e se não denuciarmos, aqui no Brasil e fora dele, a ameaça vai se consumar.
O governador de Rondônia, Marcos da Rocha (PSL) e políticos de lá querem reduzir duas áreas de preservação ambiental e reformular o ZEE (zoneamento ecológico econômico) para favorecer o agronegócio e criadores de gado.
As duas unidades visadas são a Reserva Extrativista Jaci Paraná e o parque estadual de Guajará Mirim. A medida vai impactar o meio ambiente e também ameaçar as terras dos Uru-eu-wau wau, indígenas que vivem naquela região.
O governador fez várias aparições públicas afirmando que as reservas precisam ser reduzidas. O presidente da Assembleia de Rondônia, deputado Laerte Gomes (PSDB) foi mais longe: ele quer retirar Rondônia da Amazônia e localizá-la formalmente na região Centro Oeste para que haja mais liberdade de exploração.
Entidades locais, blogueiros de Porto Velho, estão resistindo com uma campanha de denúncias mas ela só vai ganhar peso se for difundida nacional e internacionalmente.
No momento em que todos olham para a Amazônia preocupados com o desmatamento ilegal e as queimadas surge mais esse perigo, só que abertamente defendido pelas autoridades de Rondônia.
O projeto do governo é o de desmembrar 161.599 hectares e dedicá-los principalmente à criação de gado.
Além dos Wau-Wau, os Karitianas também serão atingidas assim como algumas tribos isoladas que vivem na região do Parque Guajará Mirim.
Segundo as entidades que resistem em Rondônia, a reserva de Jaci Paraná é constantemente invadida por jagunços armados a serviço dos grileiros. A tentativa de reduzí-la é apenas um passo para atacar outras reservas, como a de Aquariquara e outras na região de Machadinho e Vale do Anan.
O governador eleito é aliado do presidente Bolsonaro . Se não houver uma resistência mais amla vão destruir rapidamente as reservas de Rondônia.
Aqui no Rio, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quer transformar o Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico num hotel boutique. Os hoteis da cidade estão com muita capacidade ociosa. E ainda assim ele quer não só acabar com o museu como abrir o Jardim Botânico para o lazer de granfinos que talvez nem entendam a importiancia desse patrimônio nacional.
É preciso inclusive entrar na justiça pois não creio que se possa fazer isto sem consultas. Ficará muito fácil para Salles e Bolsonaro vender tudo o que querem.