STJ manda prender duas desembargadoras por venda de decisões judiciais em ação sobre terras griladas na BA

STJ manda prender duas desembargadoras por venda de decisões judiciais em ação sobre terras griladas na BA

Revista Fórum – O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, determinou a prisão temporária das desembargadoras Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por venda de decisões judiciais em um processo de tentativa de legalização de terras griladas no Oeste do estado.

Em sua decisão, o ministro ainda prevê o afastamento do cargo e da função de todos os servidores públicos envolvidos nas da Operação Faroeste, da Polícia Federal, que investiga o caso. Também foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em Salvador, em outras três cidades baianas — Barreiras, Catu, Uibaí — e um em Brasília (DF).

A disputa em torno das duas fazendas do oeste baiano é parte central de uma operação que culminou no afastamento de quatro desembargadores e na prisão de uma desembargadora e um juiz do TJ-BA.

Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

Homenagem
Matriarca de uma família tradicional na área jurídica, a desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima recebeu a Comenda 2 de julho, através de proposição de autoria do deputado estadual Sandro Régis (DEM), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

A cerimônia aconteceu em fevereiro de 2018 e foi divulgada pelo deputado em vídeo nas redes sociais. Além de depoimentos dos filhos e familiares, o prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis (DEM), que à época era vice-prefeito de ACM Neto, falou da “inteligência” do deputado Sandro Regis, por conferir “a mais alta honraria” do estado à desembargadora.

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